Minhas excentricidades

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ao meu anjinho

Meu filho, minha filha
Penso em ti todos os dias. Confesso que nos primeiros dias, me assustei, tive medo. Mas depois senti um amor tão grande que chega a ser inexplicável. Teu pai e eu fizemos planos e planos para ti, mais infelizmente não foram os mesmos planos de Deus.
Me sinto extremamente triste e deprimida por não saber como será teu sorriso, tua gargalhada, tua voz, teu olhar, teu cheiro, teu peso, teus lábios. Creio que essa seja a maior dor de uma mãe: não ter seu filho junto a ti. Não posso afirmar-te que seria a melhor mãe do mundo para ti, mas te daria o meu melhor. Te dei o meu melhor. Você foi o meu tudo. Confesso que choro por ti todos os dias, de saudade, de amor, de angústia. 
Todos os dias imagino como você seria. Se pareceria com teu pai ou comigo. A cor dos teus olhos, dos teus cabelos, a cor da tua pele, a textura do seu cabelo e da tua pele, o seu cheirinho, a tua voz, tudo. Me dói ver outras mulheres grávidas, bebês, por que eu sei que eu não te terei nos braços, por que eu sei que nós nunca vamos nos conhecer, jamais vou escutar um Eu te amo de você, que eu jamais vou conseguir te dar um abraço bem apertado, te embalar e te colocar na cama. 
Me entristeço de olhar para o teu pai e saber que ele também sofre e que eu não consigo conversar sobre você com ele. Meu anjinho, eu te amo e para sempre vou me lembrar de ti. Sei que parece tortura, mas eu sei que sempre vou olhar para uma e outra criança e pensar em como você seria.
Eu te amo.
Com todo o amor e carinho do mundo.
Da sua, 
Mamãe.