Minhas excentricidades

domingo, 22 de agosto de 2010

Claustrofobia

Minha imaginação, meus medos, minhas angustias são aversos ao confinamento que por vezes sou obrigada a submetê-los... Evito ao máximo impor tal sofrimento aos mesmos, mas as pressões externas são mais fortes e imperativas que minha própria vontade... Luto e desgasto-me... Aqueles que deveriam me ajudar, colaboram com as forças opostas a mim... Cobranças sobre o que fiz ou não, ninguém reconhece os feitos as vitórias... Somente dão enfase às falhas...
o desgaste se torna tamanho que obriga-me a sucumbir as forças externas... Os medos sobrepoem-se às angustias e minha imginação cria e recria incomodos que tento afastar... Estou tão cansada e sou obrigada a lutar novamente, contra mim mesma... Ofego... São tentativas desesperadas de retomar o controle sobre meu corpo, minha mente... Não vejo mais nada... Sou tomada por essa luta exaustiva e apesar do cansaço, da inquietude, necessito lutar contra meu pior inimigo que habita em mim e me faz mais forte: meu medo... Tenho que superá-lo...
Nesse momento, já não respiro, já não enxergo, já não controlo meu corpo... Me desespero... Tento me acalmar... Começo a controlar minha mente... Já respiro, cansada e pausadamente, mas respiro... Consigo distinguir sons, vozes... Sinto minhas mãos molhadas... Já não sei se é minha transpiração, dado o gigante esforço que fiz lutando contra mim mesma, ou se são minhas lágrimas que já percebo junto a meus soluços aliviados...
Meu corpo já me pertence novamente... Sinto-o tremer descontroladamente... Mas já respiro... Minha imaginação já associa a realidade, já não recria fatos... Já consigo me defender... O alivio manda embora meus medos...
Mas eu sei que eles voltarão... Já trabalho meu fortalecimento para vencer a nova batalha antes que meus inimigos se aproximem... Tenho que me vencer... Já não posso simplesmente confinar meus sentimentos e deixá-los se sobreporem à minha vontade... Tenho que controlá-los e me controlar...

Felicidade Flutuante

Quando a gente encontra um motivo para ser feliz, somos felizes e não sabemos explicar o porquê... Estou conseguindo cumprir minhas metas... Apesar de assustar muita gente com isso... Creio que minhas ideias estão encontrando seu lugar...
Ainda continuo exótica... Estou realmente feliz... Um ano se passou e muitas mudanças aconteceram...
Fazendo uma análise:
- Era professora de História;
- Cortei os cabelos (mas tão curtos que de costas parecia um moleque - por causa do uniforme da escola, calça folgada e regata);
- Era loira, fiquei morena;
- Pedi demissão;
- Consegui um novo emprego no mesmo dia;
- Fiquei sem tempo;
- Parei de sair;
- Me dei um fds fora de presente de aniversário;
- Me dei uma noite com os amigos de presente de aniversário;
- Me dei um domingo com toda a família e amigos de presente (rsrsrs, eu me amo, por isso tantos presentes);
- Nossa família aumentou (Luiz Fernando e Bruna Stefani, meus priminhos)
- Visitei amigos;
- Retomei o contato com meu pai (depos de quatro anos brigados);
- Fiquei loira, depois morena, depois ruiva, depois morena de novo;
- Fui no show do Renato Teixeira (quase infartei pq ninguem queria ir, pq não sabiam quem era o Renato), o vi de pertinho, minha amiga tbm o conhecia e amamos o show, sentamos na frente do palco e foi tudo perfeito;
- Trabalhando, fomos para um treinamento em Caldas Novas (foi divertido cuidar de 38 adultos, junto com o Augusto - fato interessante pois éramos os mais novos);
- Mudei de orientador de monografia;
- Mudei meu foco, embora continue com o mesmo tema;
- Mudei a abordagem, embora o foco seja o mesmo;
- Reencontrei meu irmão (situação difícil, já que foi no sepultamento do meu pai);
- Tive que viajar no outro dia, pq as reservas da pousada estavam em meu nome (fui eu quem assinou o contrato);
- Peguei as duas ultimas semanas de julho de recesso no trabalho e fui pra fazenda visitar uns amigos;
- Voltei do recesso, trabalhei dois dias e entrei de férias;
- Consegui um novo emprego ( o meu contrato venceu no outro);
- Fui numa boate GAY;

Muitas coisas mudaram, alguns conceitos... Essa semana estou bem... Estou feliz...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Realidade insana

Às vezes parece-me que meus sonhos, minhas idealizações, minha imaginação são mais reais que minha própria vivencia e realidade.
Minhas crises imaginativas colocam-me a par de sentimentos e pensamentos que em minha existencia real ( ou a representação de realidade) passam-me despercebidos.
Minha sensibilidade desperta para cores, cheiros, sons que só existem para mim...
Fico a pensar... Será que o deficit de atenção é realmente um deficit? A mim me parece que há uma percepção maior de tudo ao redor, por vezes misturando realidade e imaginação, transformando o mundo em algo unico... Quantas aventuras não vivi por causa disso? Conheci novas pessoas, novos caminhos, ri de cenas que não aconteceram, percebi o que os outros não perceberam, não sofri com o que os outros sofreram...
Viver como Dom Quixote, porém, não morrer como ele... Feliz na Ilusão, morrer na frieza da realidade? Não!!!!! rsrsrs

Ser feliz.... Numa vida exoticamente (nada) perfeita!!!!

sábado, 31 de julho de 2010

Da inquietude

''A solidão desola-me; a companhia orpime-me. A presença de outra pessoa desencaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distração especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir.'' (Fernando Pessoa)

Encontrei no blog dainquietude.blogspot.com

Senti-me assim, então decidi postar... Blog bem interessante, esse...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ódio - afff

Durante muito tempo eu construí uma história em cima de um castelo destruído
E pra fugir dessa realidade dura eu já encontrei mais de mil motivos
Agora essas palavras de pessoas santas parecem música nos meus ouvidos
Já que ficou quase insuportável ouvir a voz dos meus olhos aflitos

De tanto chorar depois que a festa acabar
Se eu não me matar, talvez eu peça ajuda para voltar
De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar

Eu olhei ao meu redor para reconstruir o meu castelo caído
Pra viver de bons momentos sem ter que ter os olhos escondidos
Já fiz até um testamento que não tem nada, nada, nada escrito
Já que a minha maior herança é a que eu vou levar comigo

Pra evoluir, depois que o terror passar
Se eu não suportar talvez eu peça ajuda pra voltar
De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar

Esse meu ódio é... Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra
Esse meu ódio é... Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O que penso sobre o amor...

Sempre pensei na utilidade do amor na minha vida...
Nunca encontrei uma resposta concreta para esse questionamento...
Talvez as pessoas sejam mais felizes quando pensam amar ou amam alguem...
Até o presente momento, o amor não me trouxe grandes descobertas, palpitações e estrelinhas, como muitos descrevem em textos ditos romanticos... Rompantes amorosos não fazem o meu estilo, no momento...
Pés no chão... Cabeça no lugar... Tenho preocupações mais relevantes e menos fúteis que paixões, e ainda não chegou meu verdadeiro amor...
A vida já é deveras complicada sem sentimentalismos exagerados... Não que eu não ame ninguém... Ao contrário, amo pessoas em demasia até...
Família, amigos, enfim, refiro-me à um amor homem-mulher... Preocupação desnecessária no momento, uma vez que nem apaixonada estou, mas preocupante levando-se em conta que creio que o amor vem com a convivencia, a confiança e o respeito...

Enfim, talvez me faça compreender melhor com esse texto musical...

L'amour
L'amour, hum hum, pas pour moi,
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ca s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ca me blesse, ou me lasse, selon les jours


L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,


Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,


L'amour ça ne va pas,
C'est pas du Yves Saint Laurent,
Ca ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour j'laisse tomber !


A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,


L'amour, hum hum, j'en veux pas
J'préfère de temps en temps
Je préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment !

Carla Bruni

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Todas as cartas de amor são ridiculas

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos, 21-10-1935


Gosto desse texto... Talvez por minha natuureza romantica...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Homenagem à uma parte de mim que já não existe... (Pai)

(...)A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu?
O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outro, tudo isso termina...
Numa colisão na freeway...
Numa artéria entupida...
Num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis...
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.
Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe...
Sempre!!
Pedro Bial

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Desejos

Quero viver só...
Não quero me dividir com ninguém...
não aguento mais sofrer...
Não quero que ninguém me conheça de fato...
Ou não quero de fato conhecer ninguém...
Amo-me pouco para ver-me envolvida por alguém...
Quero desfrutar de meus anseios antes de decidir se quero dividir-me enfim...

"A alma que Deus me deu, [...], é sensível demais para reter por
muito tempo uma mesma impressão. Sou inconstante, mas sou feliz na minha inconstância,
porque apaixonando-me tantas vezes não chego nunca a amar uma vez."

Não sei porque... Mas gosto...

Não me entendo às vezes...
Amo esta música...
Talvez a letra revele mais de mim do que creia eu...

Para mim o teu sorriso é como as estrelas
Para mim o seu olhar tem a luz da lua
Se pudesse eu daria todo o universo pra te amar
Ó princesa, por favor, não vá
É tão grande essa paixão que tenho no meu peito
Tanto amor guardado no meu coração
Quantas vezes for preciso gritarei ao mundo que te amo
E você vai se orgulhar de mim
Vem amor, me abra de uma vez
Arranque todos os segredos meus
Ocupe a solidão de um coração que te pertence
Pra nunca mais me dizer adeus
Mesmo que você não queira mais saber de mim
Vou tentando convencê-la do quanto te amo
Mesmo que você recuse ouvir a minha voz eu não desisto
Vou gritar te amo demais!
(Refrão)
Vem amor, me abra de uma vez
Arranque todos os segredos meus
Ocupe a solidão de um coração que te pertence
Pra nunca mais me dizer adeus

Um desabafo... Talvez!

Talvez eu esteja apaixonada...
Talvez desiludida...
Não vale a pena amar..
Descobri tão cedo...
Já quis casar e ter filhos...
Hoje só quero viver...
Sem propósitos familiares...
Acho que estou ficando fria...
Amo viver...
Quero ser feliz acima de tudo...
Algumas pessoas não me compreendem...
Talvez todas...
Ou talvez eu não compreenda...
Ou não compreendo ninguém...
Dúvidas... Incertezas...
Gosto de ficar só...
Enamorar-me exageradamente...
Apaixono-me, mas não amo...
Prefiro a certeza da solidão...
Não namoro...
Não casarei...
Mas gosto de sonhar com o que já desisti...
É mais fácil renunciar aos desejos secretos...
Mostrando um certo cinismo...
Do que mostrar a fragilidade que me constitui...
Quero ser forte...
A casca parece firme...
Mas por dentro talvez só haja cacos...
Não sou a sombra do que fui...
Nem almejo ser mais do que sou...
Sou inconstante...
E assim quero permanecer...
Dói-me menos...
Choro às vezes...
Mas não o demonstro...
Fecho-me em mim...
Mostro ao mundo um ser feliz sempre...
Apesar de ninguém ser feliz o tempo todo...
Me renovo a cada dia...
Fujo de meus problemas como se eles não existissem...
As pessoas admiram o que podem ver de mim...
Mal sabem elas o que oculto...
Oculto a melhor parte de mim...
Quem me conhece de fato sabe que não sou tão desinibida...
Todos acham que me conhecem a fundo...
Porém quem conhece o que mostro, são todos os que conheço...
Ninguém pode imaginar o que se passa em meu interior...
Encerro-me em minhas leituras...
Esqueço o que não me é relevante...
Por vezes não como...
Não durmo...
Quem sabe um dia alguém me conheça...
Mas só o suficiente...
Não se deve se mostrar na totalidade...
Esconder-me é a minha proteção do mundo...
Prefiro a vida assim...
Preocupo-me menos...
Sofro menos...
Decepciono-me menos...
Penso que tudo dará errado...
Meus planos, sonhos, objetivos...
Se der certo? Lucro...
Caso contrário... Já esperava mesmo...
A ansiedade me mata...
Gosto de tudo ao meu tempo...
Do meu jeito...
Talvez tenha revelado demais sobre mim...
Talvez tenha cansado de me esconder...
Talvez esteja me escondendo de mim mesma...
Sinto falta de algumas pessoas...
Quero esquecer a outras...
Ahhh...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ela...

Somos duas, tão diversas
Tão distantes, diferentes...
Ímpares, singulares
Estamos nos aproximando
de uma forma quase agressiva...
Por vezes, sentimo-nos como uma...
Povoa meus pensamentos...
Invada minh'alma...
Suscita em mim a perversidade,
o melhor e o pior de mim...
às vezes penso ser ela e ela ser eu...
Troco-me, escondo-me, apresento-me...
Sou ela ou ela sou eu???

Dan Lima

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Serguéi Eisenstein

"Do sublime ao grotesco não há mais que um passo."

Bilhete do suicida Maiakóvski

Apesar de ser trágico, esse texto é lindo... Apaixone-me por ele...

"A todos
"De minha morte não acusem ninguém, por favor, não façam fofocas. O defunto odiava isso.
"Mãe, irmãs e companheiros, me desculpem, este não é o melhor método (não recomendo a ninguém), mas não tenho saída.
"Lília, ame-me.
"Ao governo: minha família são Lília Brik, minha mãe, minhas irmãs e Verônica Vitoldovna Polonskaia.
"Caso torne a vida delas suportável, obrigado.
"Os poemas inacabados entreguem aos Brik, eles saberão o que fazer.
´Como dizem:
caso encerrado,
O barco do amor
espatifou-se na rotina.
Acertei as contas com a vida
inútil a lista
de dores,
desgraças
e mágoas mútuas.´
Felicidade para quem fica.

Vladímir Maiakóvski
12/IV/30

domingo, 30 de maio de 2010

O porquê de Exoticamente (nada) Perfeita!

Nunca me atentei a me descrever de uma forma única... Sempre me vi de uma maneira diversa... Multiforme, sim! essa é a palavra! Jamais tentei me encaixar em um padrão... Padrões são chatos, estereótipos são tão COMUNS... Aff... Existe coisa mais insuportável que ser chamada de comum??? Gosto de ser diferente... Sou o bichinho estranho da família... Gosto quando as pessoas me chamam de ímpar, diferente excêntrica, singular... Até minha personalidade já adquiriu ares exóticos... Acho que a combinação do diferente, inusitado e simples é o que me torna tão EU... rsrsrs...
Mas voltando ao porque de exoticamente (nada) perfeita!, essa definição me veio através de um 'elogio' de minha mãe... rsrsrs.. Ela gostaria de ter uma filha com gostos mais conservadores, discretos e não tão complicados... Daí, ela tem essa figura como filha, que coloca uma galocha roxa, uma camiseta amarela e sai na rua achando que tá tudo beleza... rsrsrrs... Ela já se acostumou e já parou de me chamar de estranha... rsrsrsrs... Segundo ela, é mais fácil me encarar e me descrever como EXÓTICA!!! rsrsrs... Enfim, quando decidi criar o blog (sugestão de um amigo, tão maluco quanto eu, - Mark, te amoooo- para postar meus textos), lembrei-me de minha mãe... Por isso o endereço de meu blog é Exótica e perfeita, em contradição ao nome do mesmo Exoticamente (nada) perfeita!... Porque nada é tão contraditório a si quanto nós mesmos... (Parece até um trecho de Camões '... se tão contraditório a si é o mesmo amor?')... Espero ter mostrado a essência de mim mesma... O contraditório tão perfeito e exótico que habita meu ser... Apesar de nada ser perfeito e tudo ser exótico...

Quem sou EU????

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
Clarice Lispector...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Você

Queria ver teus olhos,
E saber tua cor favorita,
Enxergar além de teu corpo,
Provar tua essência...
Abster-me de qualquer juízo
Para conhecer-te
E ao conhecer-te
Descobrir-me enfim
No calor de teus braços,
na magnitude de seu olhar...
No sabor de seus beijos...
Quero perder-me em ti
E nunca mais encontrar-me...
Creio ter perdido o rumo de mim mesma...
Mas a renuncia do que creio ser eu,
me afirmará o que de fato sou...
Exoticamente (nada) perfeita!!!

Dan Lima

domingo, 9 de maio de 2010

Ao historiador: É necessário ver além do visível

às vezes nos atentamos demais ao que nos é visível e nos esquecemos que toda obra é passivel de subetividade. à exemplo, escrevo sobre historia de gênero no século XIX, porque eu simplesmente gosto do assunto, não por ter uma importancia no cenário historiográfico nacional que me impõe ou induz a escrever sobre isso, pelo simples fato de ser um 'discurso verdadeiro'.

De fato, uma das primeiras lições do curso de História é que não existe verdade... A segunda, é que não existe verdade absoluta... A terceira, é que na verdade existem várias verdades...

Pobres coitados dos 'pais da História'... Um desejava registrar os fatos para conhecimento e instrução futura ( Tucidides, se não me falha a memória) e o outro ansiava por apresentar 'discursos verdadeiros' uma vez que ele viu ou ouviu de alguém que viu (Heródoto de Alicarnasses)...

Apesar de necessitar refazer algumas leituras, creio que não me cofundi muito, caso contrário, perdoem-me e corrijam-me.

Para exercitar nossas mentes de Historiadores e nosso senso crítico, uma música que me inquietou durante algum tempo..... Vamos à análise!!!! WoW


Mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

Quando amadas se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas, cadenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas

Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas

Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos
Os novos filhos de Atenas

Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito, nem qualidade
Têm medo apenas
Não tem sonhos, só tem presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas, morenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas

As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas, não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
As suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

Vladímir Vladímirovitch Maiakóvski

QUADRO COMPLETO DA PRIMAVERA

Folhinhas.
Linhas. Zibelinas sozinhas.

1913 (Poemas - Vladímir Maiakóvski. Trad. Haroldo de Campos. Tempo Brasileiro, 1967, p. 53)

sábado, 13 de março de 2010

Coração apaixonado....

"Amores platonicos e paixões eternas: heis a descrição de minha intensa e abandonada vida!" ~>Elinor Aymiee

Paixões eternas não existem de fato, mas o prazer de reviver grandes amores, platonicos ou não nos estimulam a enamoramo-nos cada vez mais, seja por um companheiro ao qual dedicaremos toda nossa existencia, seja por uma amor passageiro, o que importa é que seja intenso.

A frase de Elinor talvez me seja mais verdadeira agora do que nunca. Paixões que acontecem cotidianamente garantiram-me dias mais felizes do que loucos amores que juraram ser eternos e "desmancharam-se no ar", como diria Marx ('Tudo que é sólido se desmancha no ar').

Nesse ponto discordo do velho barbudo. Nem tudo precisa ser sólido ou concreto para dismanchar no ar. Os sonhos, por mais concretos que nos pareçam, não passam de sonhos, idealizações, são abstratos e mesmo assim, desmoronam, evaporam, desmancham. Assim, são as paixões, ao menos as minhas paixões.

Talvez minha visão de Marx, o sólido e o abstrato estejam disformes, mas não são assim as paixões?

As melhores coisas que inventaram nessa vida foram o amor platônico e as paixões passageiras. Meu coração fica feliz enquanto não encontra o verdadeiro aprisinador de seus sentidos, aspirações, inspirações e suspiros e não se ilude com as migalhas dispersadas pelo hipócritas que amam a todos sem amar ninguém.

Não se iludam crendo que a amargura habita esse ser. Acredite, esse ser cresceu, amadureceu e amou platonicamente e se apaixonou temporariamente.

Ama platonicamente e se apaixona constantemente. Essa é a melhor descrição de uma menina-mulher exóticamente (nada) perfeita!!!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Yellow


Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do,
Yeah, they were all yellow

I came along,
I wrote a song for you,
And all the things you do,
And it was called Yellow

So then I took my turn,
Oh what a thing to have done,
And it was all Yellow

Your skin
Oh yeah, your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
You know I love you so,
You know I love you so

I swam across,
I jumped across for you,
Oh what a thing to do
'Cos you were all yellow,

I drew a line,
I drew a line for you,
Oh what a thing to do,
And it was all yellow

Your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
For you I'd bleed myself dry,
For you I'd bleed myself dry


It's true, look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine for...
Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine...

Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things that you do

sábado, 23 de janeiro de 2010

Me odeie - REC


Qual é o teu segredo?
Do que você tem medo?
Não sou nenhum brinquedo,
Que pode se quebrar!

Me dê algum motivo,
Por não estar contigo.
Quero saber se você
Tem um novo amigo?

Que ama você
Como eu amei?
E que também
Vai te proteger
E te dar o que
Eu não te dei...

Me desgrace,
Me odeie,
Só nunca esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie,
Só nunca esqueça
Que eu amei você

Eu fui aos céus com você
E ao inferno também
Depois de ir às nuvens
Quase caímos no chão

Amar é muito fácil
Difícil é esquecer
Que um dia todo amor
Que tinha
Dei pra você

Quando percebi
Que não foi demais
Ja era muito tarde
Pra voltar atrás
Pra te dar o que eu não te dei

Por isso:
Me desgrace
Me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você

Me desgrace
Me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você

sábado, 9 de janeiro de 2010

Uma música que realmente me importa


Desde muito cedo aprendi a escutar a Elis Regina e guardar as letras que ela cantava, mas o que mais me impressionava era sua voz e sua forma de cantar...
Uma voz falada, cantada, gritada que me envolvia e me fazia ansiar por mais...
Das músicas que ela interpretou e que eu já ouvi, tem uma que me faz sentir em casa, me lembra minha família e tudo em que eu acredito, sou e quero ser...


Romaria

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos sobre o meu cavalo
É de laco e de nó
de gibeira, o giló
dessa vida comprida a solo

Sou caipira, pira,pora,Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
Sou caipira, pira,pora,Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida

O meu pai foi peao, minha mae solidao
Meus irmao prederam-se na vida à custa de aventuras
Descasei, joguei
Investi, desisti
Se ha sorte, eu nao sei, nunca vi

Sou caipira, pira,pora,Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
Sou caipira, pira,pora,Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida

Me disseram porém que eu viesse aqui
Para pedir de romaria e prece paz nos desaventos
Como eu nao sei rezar
Só queria mostar meu olhar meu olhar meu olhar

Sou caipira, pira,pora,Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida
Sou caipira, pira,pora,Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida