Minhas excentricidades

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Não escrevo mais cartas de amor
Não tenho mais filmes que tematizam a minha vida
Não tenho mais sonhos distantes
Não temos mais desejos impossíveis
Hoje tenho meus pés no chão
Um milhão de motivos para chorar
Não tenho mais motivos pra lutar...
Deixe a bruma me consumir...
Sou fraca, estou fraca
Me abandono...
Me esvazio
Me esqueço
Não mais a forte
Não mais alguém
Sou ninguém

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Enfim,



É meu amigo, não é fácil mantê-la por perto. Mas enquanto ela se preocupar, se importar com suas inutilidades e com seu jeito estranho de ser, faça de tudo para que ela não se vá. Ela só espera que você não vacile, não a troque por um momento qualquer e retribua tudo de bom que ela tem feito por vocês. Ela não exige muito, apenas o necessário. Carinho nunca é demais, enquanto ela segura suas mãos, entrelace seus dedos nos dela. Quando ela estiver brava, muito brava e espumando de ciúmes, agarra ela bem forte, e diga que ela fica linda com meio palmo de bico, ela vai rir e acabar cedendo. Quando ela estiver muito quieta e pensando em tudo ao mesmo tempo, abrace-a, não questione, apenas mostre para ela que você está ali e é com ela que quer estar. Ela curte elogios, sabia? Eu sei que você já acha ela maravilhosa sempre quando vocês saem juntos, mas não custa dizer, né? Quando ela te der as costas, é sinal de que está puta, vá com calma, mas não a deixe sozinha. A respiração dela até muda, consegue perceber? E ela te xinga mentalmente e torce para que você pergunte ''o que foi'‘ para soltar todos os cachorros e fazer com que você se situe. A gente vacila, deixa passar coisas, se incomoda por tão pouco, não custa ceder, né? Quando ela sentir medo, diga que você estará com ela para o que der e vier. Se ela pedir que você vá embora, fique. Se ela chorar, dê seu ombro e permaneça o tempo que for preciso. Suas atitudes falam mais do que qualquer coisa. Então demonstre para ela o que sente. E não esquece que é com você que ela está construindo o futuro.

domingo, 17 de abril de 2016

Sobre a paixão

Para os adultos, compreender a paixão é um pouco complicado (qualquer coisa é complicada para um adulto, já que nós temos  mania de complicar tudo). Mas paixão, para uma criança, é quando ela vê o cachorrinho mais lindo do mundo (ou simplesmente um cachorrinho) e os olhinhos dela brilham e ela sente a necessidade de nunca mais sair de perto dele. Eles se tornam os melhores e mais inseparáveis amigos de sempre e para sempre. Para nós, adultos, é quando a gente enxerga em outra pessoa o pedaço que faltava da nossa alma, quando a gente sente o cheiro que só aquela pessoa tem, uma textura de pele que só se encontra naquele beijo, naquele abraço. É quando a gente encontra os braços perfeitos para dormir dentro, o peito-vesseiro mais macio do mundo, o dorso mais quentinho e confortável do mundo. É quando a gente percebe que todas as outras pessoas que passaram pelas nossas vidas não eram tão especiais assim. É quando a gente se pega imaginando os filhos lindos, a casa perfeita, o jardim enorme, os fins de semana inesquecíveis. É quando a gente não consegue mais imaginar a vida sem a outra pessoa. É quando a gente se cala pra não brigar, mesmo quando se sabe que o outro não tem razão. É quando a gente pede desculpas mesmo tendo a absoluta certeza de que não fez nada errado. É quando a gente abdica do que é melhor pra si em prol do que é melhor para o outro. É quando a gente sai com fome mas deixa o outro com o que tinha de melhor para o café. É quando a gente deixa de comprar algo que queria muito para ter o prazer de surpreender o outro com uma besteirinha. É quando a gente se esquece de como era triste ser sozinho. É quando a gente descobre que por mais irritante que seja a sua metade, você não vive sem ela. É quando você percebe que ninguém é perfeito, mas que em toda a sua imperfeição, você não mudaria nada na pessoa amada. É quando você não sente falta de mais nada, só de ser beijada, abraçada, amada. É quando nada mais importa, só que o outro seja feliz!

Do descanso

Fazem dias que não sei o que é descansar, que não sei o significado da palavra repouso. 
Fazem dias que não durmo, não me alimento direito. Ando no piloto automático. Não sinto fome, ainda sinto sede, ainda sinto sono, mas durmo com certo inquietamento. Me parece, por vezes, que acabei de deitar. Me sinto um personagem, de vez em quando. Ajo mecanicamente. Alguns problemas me incomodam. Milhões de pensamento não me permitem descansar, aquietar-me. Nem sonhos tenho mais. Nem dói mais o corpo. Livros não me apetecem mais. A cabeça me dói, o estômago não reage mais. Acredito que o nome desse post deveria ter sido Do descaso.
Descaso com meu corpo. Com a minha mente. Com a minha alma. 
A fome não me chega. Nem fome de comida, nem de gente. Não de devorá-las, mas de encher-me com suas conversas agradáveis, com suas inquietações, com suas sandices, com suas normalidades. Nada me apetece. Isolo-me cada dia mais. Vejo cada vez menos. Coisas, pessoas, enfim, tudo. 
Choro cada dia mais. Não por desamor, mas de insatisfação. Por não conceber tudo rapidamente, por ver a vida passar. Mas ainda acho a vida boa. A vida é maravilhosa. 
Meus pequenos problemas não podem me abalar. Não devem, mas me desequilibram um pouco.
Nunca fui de brigar, gritar, xingar. Sempre fui a que guarda. Minha vida nunca foi um livro aberto, nem vai ser. Não convém às pessoas saberem tudo de você. Mistérios são o que encantam o mundo. O que cativam as pessoas. Mas estou me transformando num jarro prestes a transbordar, e não sei o que vai acontecer ou o que pode acontecer se eu perder esse equilíbrio que eu consegui a tão duras penas. É fácil ser a pessoa que estoura o tempo todo, que grita, que xinga, que briga, mas é muito difícil ser a pessoa que escuta, que pensa, que analisa, que busca uma saída, que pondera. Você acaba sendo o lerdo ou o despreocupado. Eu não ando tendo com quem desabafar. Pessoas prestes a se casar ou recém descasadas não são bons ouvintes. São muito radicais. Prestes a serem pais ou avós também não. Pais naturais ou postiços são tendenciosos. O copo nunca está no meio para eles. Tios e tias? Os 'jornalistas' da família. Antes que você termine de contar, todo mundo já está sabendo e dando palpites na sua vida. 
Eu gosto de ver e analisar as pessoas. De tomar as minhas decisões. De saber que eu tomei as rédeas da situação. Gosto de estar no controle da minha vida. Mas não anda sendo fácil. Tomei algumas decisões que parecem não ter sido as certas. Optei por trabalhar muito enquanto não tenho filhos. Quem pode condenar? A resposta seria óbvia se não fosse a errada. Buscar melhores condições de vida e guardar dinheiro antes de abdicar tudo ou quase tudo por um serzinho hiperdependente não é a atitude correta perante a sociedade ou parte dela. Abrir mão do seu descanso pensando em estabilidade futura, também não é bem-visto. Descansar depois de uma jornada exaustiva também é inaceito. Aproveitar um dia de folga pra não fazer nada é inaceitável. Você tem que se manter sempre ocupado, mesmo que clame por descanso. A sociedade nunca vai compreender as suas escolhas. Você jamais poderá ser aquilo que você quer ser. 
Qual o problema de uma mulher usar cabelo curto no melhor estilo 'pixie cut'? Nenhum! Errado, perante a sociedade você não é feminina. Você é um macho, porque mulher só é bonita e feminina se ela tem cabelo comprido! Sociedade careta essa. Uma mulher não pode trabalhar e ter um marido bacana dono-de-casa, porque ela sustenta ele e a sociedade acha que ele é um malandro aproveitador que não gosta de trabalhar. Essa sociedade mediocre que vive de aparências tinha que ter mais com o que se preocupar. P****, se a mulher quer ter o cabelo curto, que saco, deixa ela ter! Ela vai ser linda de qualquer jeito! Se ela quer trabalhar, a decisão é dela! Se o cara não trabalha e ela tá tentando pagar as contas é problema dos dois. Ninguém sabe o que se passa dentro de casa! Condenar não vai mudar a situação. 
Eu estou cansada de tanta coisa. De ser condenada, julgada, impedida, ofendida. Eu estou me tornando uma sombra pálida do que já fui. Uma mulherzinha bosta que não faz nada do que gosta porque tem gente demais pra criticar. 
Eu não consigo descansar por causa de gente se intrometendo na minha vida. De gente querendo saber quando é que eu vou casar, quando é que eu vou ter filhos, quando é que eu vou me mudar, quando vou trocar de carro, quando vou comprar roupas descentes, quando vou soltar o cabelo, cortar o cabelo, prender o cabelo, pentear o cabelo, viajar, pensar, parar, dormir, acordar. Caramba, é coisa demais pra uma pessoa só! Por isso ninguém mais descansa hoje em dia. É gente demais, julgamento demais. Todo mundo te sufoca. Eu gosto de pensar mais lentamente. Até mesmo porque toda a minha impulsividade já me deixou em maus lençóis. 
Mas eu preciso descansar. Preciso de férias, sabe? Não pra viajar, mas férias pra pensar. Um descanso das cobranças, dos julgamentos. Eu só preciso de um tempo pra ser eu mesma. Pra parar de pensar em grana, como conseguir grana, como pagar as contas, ipva, ipva, internet, celular, luz e assim por diante. Eu preciso de tempo pra esquecer como é ter problemas. EU preciso descansar pelo simples prazer de descansar, de não pensar em nada, de não lembrar de nada.
Para eu poder escrever um novo post sobre como é chato descansar. E começar a pensar em ter um monte de pestinhas e escrever de novo sobre os sabores e dissabores da maternidade (Coisa que aliás nunca foi o meu grande sonho, barrigão, parto, mas sempre amei a ideia de ter filhos). Enfim, estou precisando descansar e (re)ser aquela garota exoticamente (nada) perfeita.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A estranha necessidade do ter

Sabe quando você perde algo que tem um valor inestimável  para você...
Algo assim, insubstituível? A procura desse algo se transforma em compulsão;
É uma necessidade.
Talvez ninguém entenda essa necessidade. Ou talvez todos a entendam.
Nos tornamos tão estranhos a nós mesmos. Perdemos a nossa essência.
Tão distintos do que fomos anteriormente. Do que projetamos ser.
Já não sou tão jovem como gostaria, nem tão velha como me vejo.
Afirmei vezes que passava pela crise dos 30 anos ou por crises de identidade.
Mas, a real verdade, é que talvez sempre tenhamos crises.
Necessidades de sentir alguma coisa.
Doenças, tristezas, alegrias. O nosso corpo, a nossa alma sempre necessitam ter algo.
Sentir e ter são intimamente ligados um ao outro.
Dois verbos inseparáveis.
Sempre temos algo ou a ausência de.
Amadurecer não é como eu imaginei.
Ainda me sinto a mesma pessoa que com 17 anos entrou na faculdade.
Ainda sou inconsequente em alguns momentos.
Incoerente, atrevida, descolada, romântica e talvez, tradicional.
Contraditória, também.
Minhas amigas continuam as mesmas.
Apesar de falar sobre a estranha necessidade do ter,
Nunca conseguir fazer muitos amigos.
Mas me doo intensamente aos que tenho.
Porque é tão importante ter algo, alguém?
Talvez no fundo nos sintamos tão solitários que,
Mesmo com milhões de pessoas próximas a nós,
Só queiramos encontrar a nós mesmos.
À tudo o que fomos e o que seremos.
Talvez ter seja uma forma de preservar.
Passado, presente e futuro.
Uma bebida com os amigos, uma noite divertida
Uma tarde no cinema, um sorvete na semana
O perfume dos nossos avós.
Nem as fotografias são tão importantes.
Ter.
Tão estranho.
Tão necessário.

Sem nexo

Eu quero frio,
eu quero vento.
Quero enrodilhar todo o meu corpo no teu abraço.
Calor humano.
O Teu calor.
O tilintar do relógio
As batidas do teu coração
A sinfonia perfeita
Meus ouvidos adoram
Minha carne anseia
pelo encontro da tua
O cheiro
O gosto
Clamo por ti
Abraça-me
Beija-me
Ressuscita-me
Eu tenho fome
Sede, paixão.
Acorda-me.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Rito de passagem

Escrevi faz  algum tempo e somente hoje decidi postar.

"Prestes a completar 25 anos, faço uma análise do que se passou até hoje.

Estou bem diferente do que imaginava a 10 anos atrás...
Aos 15 imaginava que estaria no emprego dos sonhos, com casa própria, carro, teria conhecido a França *sempre fui apaixonada por Paris, falaria ao menos 10 idiomas, não teria nenhuma preocupação e estaria linda, loira e rica. Bem, agora à 4 dias dos 25 anos de idade, me encontro desempregada (pedi demissão), morando com a mamãe, casada (informalmente, mas casada), com um carro financiado (não o dos meus sonhos, mas quase meu), não saí do país, leio 3 idiomas mas não sou fluente em nenhum, tenho muitas preocupações, mais cheinha, menos loira e mais pobre, rs.
Mas aos 25 sei que vivi tudo como queria, tudo bem intenso, como o meu antigo cabelo vermelho. Tenho uma vida tranquila, e continuo querendo apenas ser feliz. Dos 15 anos me sobraram poucas coisas, nem a numeração dos sapatos e das roupas, a cor do cabelo, o corte e a modelagem são os mesmos, mas eu quero acreditar que aquele jeitão de menina, moleca bem sapeca, continua o mesmo.
Ainda procuro ser feliz apesar de tudo e me esforço horrores para superar a preguiça que impera diariamente. Estou conseguindo me libertar das coisas que me fazem mal, como alguns tipos de comida, sapatos e roupas apertadas e conhecidos que nunca colaboraram em nada. Ando sendo feliz. Ainda tenho aqueles olhos curiosos que adoram me delatar, a curiosidade ainda é um dos meus grandes defeitos, ainda fico no muro com algumas questões, minha família ainda é a minha prioridade.
Dos sonhos, alguns desisti, outros não se realizarão mais, e outros ainda persisto. Consegui fazer o curso que mais desejei (licenciada em História, a única certeza que tinha aos 15), exerci a paixão pelo magistério, ainda amo animação, desisti de ser piloto de corrida, construir uma casa na árvore e ser avó aos 40. Bem, aos 25, não vou poder comemorar o primeiro aniversário do meu filho (já expliquei anteriormente) e isso é uma das coisas que mais me dói. Nunca poder saber como seria tudo, mas futuramente outro filho me dará essa alegria, mesmo tendo a certeza que, eu sempre pensarei em como seriam aqueles momentos com o meu primeiro filho.
Guardo mágoas de coisas, pessoas, situações. Acabei me transformando uma pessoa bem diferente do que eu era quando criança; mas eu sou feliz. Tenho meus momentos de tristeza, mas estou contente com o que tenho, com quem eu sou. E ue venham os 30!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Meu novo blog

Bom gente, criei um novo blog.

Se chama Goiana prendada... Lá eu posto algumas besteiras que eu gosto e faço no dia-a-dia...

Minhas receitinhas, meus artesanatos...

afinal, eu não uma mulher tradicional, mas faço algumas coisas bem interessantes...

A propósito, vamos fazer um curso de mecânica em motos?

link: goianaprendada.blogspot.com.br

Desculpas


Talvez amor seja isso, pedir desculpas mesmo quando você não está errado, mesmo quando você não tem culpa. Porque seu relacionamento com a pessoa é bem mais importante do que o seu orgulho.

Bárbara Flores

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Lição nº 15 - Não se sufoque...

Por vezes, deixamos de falar tantas coisas e isso vai nos deixando cansados. Esconder o que achamos pode parecer educado, mas nos faz um mal imenso. Um cansaço, um desanimo. Nem dá pra explicar direito, mas não é nada agradável.

A gente sente seriamente essas coisas.Quando a gente guarda muita coisa dentro da gente, o nosso corpo encontra uma forma de aliviar... É o que chamamos de estresse.

Fale, desabafe, mas não seja grosso, mal-educado. Se necessário, faça terapia. É tão bom ter alguém para conversar, mesmo que ele seja seu médico.

Falar demais faz mal, mas falar de menos também.

Pense nisso.