Minhas excentricidades

sábado, 29 de dezembro de 2012

Dormir

Pernas magrelas e compridas de fora
Ombros expostos, entre-mangas
Cabelos molhados penteados para trás
Camiseta folgada e disforme
Uma caveira sorridente em minhas costas
Teus olhos expõem minha pele
Teu nariz, minha coluna
O sorriso irônico revela meu quadril
Sua leve curvatura e marcas sigilosas
Minha camiseta favorita
Meu bruxo, feiticeiro
Inocente como meu sorriso
Unicamente encantador.

Problemas

Um dia vou me meter em alguma confusão com essa maia de não usar sutiãs. 
Constrangedor quando alguém repara. Mas é tão confortável. Tão bom. Odeio quando uso um e aquela coisa fica incomodando nas costas, fica meio justo. Tenho as costas muito largas. Regatas são deliciosamente confortáveis, então, para que estragar o conforto. Normalmente, escolho blusas com forro que me permitam um pouco mais de 'liberdade'. Odeio usar meu uniforme de trabalho, camisetas folgadas não me permitem ficar sem ao menos um top por baixo.

Ah, e os corselets? Adoro me sentir magrinha, com a cintura bem estreita (sem contar que é impossível a utilização de um sutiã)... 

Ando escrevendo besteiras demais, né? Mas enfim, apenas uma folga na minha seriedade. Então amores, beijos e quem sabe? Até o ano que vem!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Nada Normal

Lareira pra acender,
Um céu pra se olhar
E tudo está tranquilo por aqui
Você vai me vencer,
Eu vou me apaixonar.
Não há mais o que decidir

Dos nossos lábios todas as palavras
Nada dizem
Aos nossos olhos tudo que já vimos
Foi vertigem
E é tudo tão real
Mas nada normal

Te lembro e já me sinto ao seu lado,
No seu mundo
Me identifico com você de um jeito
Tão profundo
E é tudo tão real
Mas nada normal

Você vai me vencer,
Eu vou me apaixonar.
Não há mais o que decidir

Dos nossos lábios todas as palavras
Nada dizem
Aos nossos olhos tudo que já vimos
Foi vertigem
E é tudo tão real
Mas nada normal

Te lembro e já me sinto ao seu lado,
No seu mundo
Me identifico com você de um jeito
Tão profundo
E é tudo tão real
Mas nada normal


E o que mais eu tenho a dizer? Estou com medo...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Lição número 14 - Viva-se!!!

"Ao verme 
que 
primeiro roeu as frias carnes 
do meu cadáver 
dedico 
como saudosa lembrança 
estas 
Memórias Póstumas"

Machado de Assis

De certa forma, creio que estamos todos meio mortos. Nos preocupamos tanto em viver que esquecemos do essencial. Esquecemos como aproveitar a nossa vida. Rir com vontade, brincar, comer por prazer, não levar tudo tão a sério. Amar com vontade, dizer não com um sorriso, gargalhar com as quedas, dar as costas pro medo, chorar com conquistas, morrer por satisfação.

Ah, viver sem planos, amar sem danos, apaixonar-se por engano. Tão bom, tão doce, tão sublime.

Espelho

Eu me vi diante de um espelho
Mas não enxergava a minha face
Visualizava apenas minhas costas nuas
Representavam o meu passado
Descoberto, cheio de cicatrizes
Comprida, lisa, firme, quase bonita
Meus olhos apareciam por vezes
Reflexos enevoados
Medo diria
De abandonar passado tão conhecido
E enfrentar um futuro inseguro
Continuava enxergando apenas as costas
Sempre nuas, lisas, firmes e compridas
Via-a desde meu pescoço e suas pintas
Até a suave curva de meu quadril
Minhas pernas longas de bailarina
Mas não via meu rosto
Toda a sua angústia
Os medos e, pior ainda,
Não via meus desejos
Estampados em olhos sagazes
Meus olhos, meu nariz, minha boca
Faminta de decisões, de palavras,
De beijos, sobretudo de silêncio
Minha cintura estreita à espera de abraços
De carícias, de verdades, de imoralidades
Meu colo aguardando para te aconchegar
Mas não enxergo minha face
Apenas minhas costas, nuas

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Necessito

Minha luz, meu conselheiro
Recordo-me o teu sabor
Seu calor a me envolver
Teu gosto impregnado em minha boca
Seus dedos a embaraçar meus cabelos
Nossas danças e suores
Gargalhadas e gemidos
Seu cheiro na minha carne
Tua pele a alisar a minha
Minhas ideias fervilham
Meu corpo se satisfaz
Meu espírito se angustia
É quase hora de despedirmo-nos
Meu sono se evapora
Meu pensamento se concentra em ti
Não mais em teu corpo
Liso, sem marcas nem tintas
Tão diferente do meu
Com relevos, desenhos
Adornos
Passear meus dedos em seu tronco
Imprimir as marcas de minhas unhas
Registrar cada pedaço seu
Seu gosto, seu timbre
Seu riso
Correr meu tato pelos fios escuros de teu cabelo
Ouvir tua respiração
A mão gigante em minha cintura miúda
Sua respiração quente em meu pescoço
Nossos pelos eriçados
Nossos gemidos abafados

Desespero

Meus textos são
Ora, como uma relação sexual desesperada,
Faminta.
Igual aquela de quando você não vê
Aquela pessoa especial faz algum tempo,
E você precisa desesperadamente dela
E não sabe outra forma de expressar no momento;
Ora, como a a plenitude do gozo,
Daquele sorriso languido e sonolento;
Por vezes, palavras não são suficientes.
É desesperador ter tanta coisa pra falar
E não conseguir;
Tentar demonstrar e ter tanta urgência
Que tem medo de não satisfazer;
De não corresponder a paixão
A urgência de estar perto
O desespero de não querer se ausentar
A ansiedade em satisfazer
O desejo de apenas manter consigo
Resulta um conflito interno
Desfaçado e brilhante.

Do Eros ao Ágape

Como caminha o amor?
Do Eros ao Ágape
Do carnal ao fraterno
Da combustão à tranquilidade
Da tempestade à leve brisa
Da paixão ao amor sublime
O Eros é impetuoso
Quer a tudo dominar
Apresenta-se brutal
Quente, insano
Dominante, forte
Sedutor, fluido
Abranda-se em seu desfecho épico
Temporalidades ensinam-o
Transforma-se, amadurece
Caminhamos para o Ágape
Amor verdadeiro
Singelo, gratuito
Tranquilidade aparente
Companheiro, sábio
Libertador.
Do turvo ao sereno
Assim são os caminhos do amor.

Dan.

Eros

Dia bom pra começar um romance é na sexta
Porque você nao tem que esperar muito para sair do trabalho
Encontrar a pessoa amada
Descobrir e redescobrir formas de demonstrar o amor
Seja no olhar, no toque, nas palavras ou no silêncio.
Amores não carnais,
Situados num plano metafísico
Onde as coisas deixam de ser as coisas
E passam a ser nada
Nem a representatividade
Daquilo que poderiam vir a ser
Onde palavras perdem conceitos
Figuras perdem as formas
Jovializam-se, tremem-se,
Ruborizam-se, acaloram-se
Apaixonam-se em combustão instantanea
Amam-se em chama tranquila e insistente que não se apaga
Acalmam teus corpos no frio suor
No clamor de teus anseios profundos
Tocam-se, descobrem-se
Gemidos, rubores, sabores
Imprimem suas peles uma na outra
Saciam-se de amor, não de carne
Exigem-se em mudas declarações
Dormem, sonham
Embora saibam-se realidade
Apenas vivem-se.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Apenas um sonho

Sonhei com um texto tão lindo
Falava de paixões
De certezas
Amores
Haviam tantos sorrisos
Éramos todos tão felizes
Você me segurava entre-abraços
Um beijo carinhoso no pescoço
Nossos amigos reunidos
Não me recordo o texto
Único, singular, exótico
Era um texto tão lindo
Desejei que nossa vida
Juntos, fosse assim
Não tão perfeita
Mas graciosa, gostosa
Como eu sonhei no texto
Já esquecido, mas tão lindo.

(Da exótica e imperfeita, porém inesquecível, Dan)


Detalhes

Sabe aquela música Detalhes, do Roberto Carlos? "Detalhes tão pequenos de nós dois..."? Então, conversava com uma pessoa especial, que estou aprendendo a gostar e admirar, quando me lembrei de fatos tão gostosos que vivi, por causa de uma música que comentávamos. Afirmava que a música parecia um pedido de namoro e me recordei de alguns pedidos. Não vou contar o nome daqueles que fizeram os pedidos, mas os pedidos em si.

No início desse ano, véspera de carnaval e casamento do meu tio caçula, foi o mais surpreendente. Não esperava de forma alguma. Recebi ligações durante a recepção quase toda. Meu ex. Sabe o momento que a noiva joga o buquê? Então, dessa noiva, eram 07 Santos Antônio. Ela jogou e eles se espalharam no salão. A Vi pegou um, Maura outro, Jaqueline, Aline, Regina, Rayanne (dessas todas, Regina é irmã da noiva, Aline, mãe da minha afilhada e tia de um ex-namorado meu, Rayanne esposa do meu primo e afilhado mais velho, as outras, todas primas) e eu peguei o último santo. Eis que no exato momento que fui mostrar pra mamãe, meu celular toca. Era ele, avisando que estava chegando ao salão de festas e pedindo pra eu encontrá-lo. Estava brincando com todo mundo, levantando meu boneco e gritando: Eu peguei o Santo Antonio, eu peguei. Saí e vi um amigo, fiz a mesma graça com ele, quando vi o meu ex e fiquei muda... Sem graça, porque ele viu minha travessura. Murchinha, brinquei: Olha, peguei o Santo Antônio. Nisso veio um abraço, um beijo e: "Quer namorar comigo?"... Fiquei tão surpresa que nem consegui responder na hora... Voltei pro salão brincando: Esse santo é bom mesmo... rsrs

Com o mesmo ex, da primeira vez que começamos a nos relacionar, foi bem bacaninha também. Ele foi me buscar no trabalho e me propôs sair pra apreciarmos um vinho, aceitei e fomos. Ele parou no exato local onde aconteceu o primeiro beijo, pegou a garrafa e as taças. Surpresa linda e agradável. A simplicidade e o carinho valem mais que toda a sofisticação.

Outro pedido fofinho foi no natal. Um amigo, muito querido, durante a ceia, me deu aquele abraço, um beijo casto na testa. Tomando vinho, me ofereceu uma taça, me deu um celinho e simplesmente disse: Quer namorar comigo? Ahin, que fofo...

Outro pedido fofo... Meu aniversário... Tinha terminado, reatado e terminado mais uma vez... Ele compareceu na reunião de comemoração. Ele mesmo confeccionou a caixinha que continha o meu presente. Um conjuntinho de brincos e colar com pingente, verdes, de coração. Ele disse que gostava muito de uma pessoa especial e que, essa pessoa a levar o coração dele pra todos os lugares sempre que usasse o presente. Os corações dos brincos, simbolizavam as chances que ele tinha tido de estar com essa pessoa especial, mas que ele tinha jogado fora. O pingente, que ia descansar acima do meu coração, era porque ele queria sempre estar perto do meu. Eram verdes, porque ele tinha esperança de mais uma vez, estar comigo. Adolescente boba, não resisti e reatei.

Enfim, quatro pedidos diferentes, em momentos diferentes da minha vida. Todos fofos. Nenhum namoro durou. Ao contrário do que parece, nunca fui namoradeira. Os dois primeiros foram da mesma pessoa. Como podem perceber, passei muito tempo terminando e reatando. Diversas vezes, passei meses e meses sem namorar, até anos (já fiquei mais de três anos sem namorar ninguém). Também já fiquei meses e meses sem nem beijar ou ser beijada.


São esses pequenos detalhes que me fazem feliz. : D

Se fosse eu

Se fosse eu, não faria as coisas que esse cara faz,
Andava na linha, te curtia mais,
A prioridade era só você.
Se fosse eu, faria questão de andar de mãos dadas,
Pra fazer inveja na rapaziada,
Me orgulhava tanto de te merecer.

Se fosse eu, minha alegria era te alegrar,
Não tinha tristeza nesse seu olhar,
Me virava em dois pra te fazer sorrir.
Se fosse eu, contava os segundos pro fim de semana,
Te levava numa balada bacana,
Pra ficar juntinhos pra se divertir. se fosse eu...

Pensa direito, respira fundo,
Vou fazer de você a mulher mais feliz do mundo.
Pensa direito, fica comigo,
Meu amor é muito grande pra ser só seu amigo.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Vergonhas

Hoje me perguntaram qual seria a minha maior vergonha... É claro que eu não revelei. Sei-a, obviamente. Talvez eu não deva me referia à ela como a minha maior vergonha, mas como o meu primeiro ato de libertação (recordei-me agora, segundo) e referência à qual, algumas pessoas usam, para me constranger.

Brincadeiras a parte, minha maçã me é motivo de grande orgulho, apesar dos engraçadinhos que fazem piadinhas pornográficas com a ideia do pecado, erroneamente ligada à representatividade atribuída a tão inocente fruta. A maçã é o simbolo da inteligência.

A minha maçã deveria ter caráter unívoco (aprendi essa palavra e achei tão legal, rs), está certo que o desenho é igual ao símbolo da Apple, tem um símbolo de on/off no centro. Como já disse, a maçã é o símbolo da inteligência. Incompleta, porque ninguém detém toda a inteligência  de fato... Sempre buscamos mais e mais. O botão ao centro porque eu gosto de me desligar de vez em quando e fazer algo não tão sábio ou inteligente...

Claro que me envergonho de muitas coisas que fiz, mas também me orgulho das mesmas. Ai, como sou contraditória!

Adoro toda essa ambiguidade...

Da sempre, exótica e imperfeita, Dan!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um modão pra relaxar


Ipê Florido
Tião Carreiro e Pardinho


Quando há muitos anos fui aprisionado nesta cela fria
Do segundo andar da penitenciária, lá na rua eu via
Quando um jardineiro plantava um ipê e ao correr dos dias
Ele foi crescendo e ganhando vida enquanto eu sofria

Meu ipê florido
Junto a minha cela
Hoje tem a altura
De minha janela
Só uma diferença há entre nós agora
Aqui dentro as noites
Não tem mais aurora
Quanta claridade tem você lá fora

Vejo em seu tronco cipó parasita te abraçando forte
Enquanto te abraça suga a tua seiva te levando a morte
Assim foi comigo ela me abraçava depois me traía
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia.

Gentileza

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta

Eu gosto da cor cinza, porque se você misturar todos os potinhos de tinta não vai ficar branco e sim cinza. Aquele saudoso dia chuvoso em que a gente se espreguiça, também é cinza. Quando a Morte fala de um dia perfeito, no livro A menina que roubava livros ela fala de um dia cinzento, mas mudemos de assunto, ainda não é hora de eu falar da minha paixão pela morte.

Apesar de gostar tanto de cinza,  essa música é triste e me passa uma angústia, uma tristeza que tem fundamento. Ando fazendo escolhas das quais sei me arrepender futuramente. Mas que nesse momento me fazem necessárias. Sabe quando você se cansa de apenas sentar e observar? Estou sentindo a vida em todos os seus aspectos, não que isso seja saudável ou o deixe de ser. Confesso, é bom, mas extremamente perigoso.

Não ando fazendo nada prejudicial a minha saúde  deixo claro. Apenas não ando me privando de risos, choros, conversas. Aqueles que me conhecem sabem que nunca fiz nada muito perigoso, por medo ou por algum problema de saúde, temporário ou não. Sabem que sou claustrofóbica, tenho síndrome do pânico, enxaqueca, gastrite, alergia a quase tudo, não deveria comer quase nada que não seja saudável, tenho hipercalcificação nos ossos e deveria evitar tudo o que contivesse cálcio  Meio difícil se alimentar assim, né? Piorou agora que descobri que tenho refluxo.

Enfim, mas essa música me deixa triste e angustiada por outros motivos. Sempre me senti solitária e por esse mesmo motivo me apego muito rapidamente às pessoas. Sempre esqueço uma paixão com outra paixão. Sinto saudade de acordar em um abraço diariamente (odeio dormir sozinha, já sabem), de dormir falando besteira, ou simplesmente ficar quietinha dentro dos braços de alguém em silêncio. Sinto falta dessas coisas bobas. Dos meus amigos brincando com o fato de eu estar, ainda, aprendendo a cozinhar. De tê-los sentados na cozinha esperando o meu pudim, ou rindo enquanto cozinhamos. Das saídas com as meninas quando voltávamos trêbadas para casa, em silêncio e dormíamos lembrando das bagunças. Ou quando acordávamos arrependidas dos sapatos, das roupas de ter ou não feito algo na noite anterior.

Sinto falta de ser a adolescente louca que fui; da menina tímida e magrela que não gostava de sair; da ingênua que queria ser freira; da secundarista meio nerd; da universitária assustada; da mulher mais moleca que tudo; da seriedade da professorinha tão jovem que queria revolucionar com suas aulas, metodologia e didática nada convencionais; da secretária com a vida toda organizada numa agenda. Enfim, sinto falta de mim mesma, somente uma coisa não mudou. Ainda sou a mesma garota interiorana, simplória que senta e ri com as besteiras do biso, leva bronca calada e ainda escuta os sermões do vô, prometendo sempre se comportar, com aquela cara de sapeca que todos sabem ser de algo extraordinariamente engraçado, divertido e potencialmente, uma travessura destinada à alguém muito distraído no momento (meu avô ainda se lembra do que aprontei na festa de 50 anos de casado com a vó... 'Temperei' o refrigerante do cunhado da minha prima, até hoje ele não aceita nada que eu ofereça...

Enfim, gentilezas saudosistas. Né, meu velhinho amado?

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Princesa? Eu? Claro! Do tipo FIONA!



Finalmente a descrição de uma princesa não tão bobinha e romântica, mais realista, mais EU... Tão exótica e imperfeita quanto!

Conto de fadas que começa na balada
Historinha para maiores de uma princesa que tem pegada!
Sabe aquela princesinha antiga
Do tipo sempre passiva que acordava com um beijo?
Pois é os tempos mudaram bastante nada mais é como antes,
Ela é dona dos desejos.
Sabe aquela coisa de princesa que deixava o sapatinho
História de Cinderela?
Pois é hoje ela deixa o telefone, sorte do cara que saca
E lembra de ligar pra ela!
Vai pra balada...
Dirige o seu próprio carro...
Chega de madrugada...
É carinhosa, mas é mandona...
Branca de neve passou, e a Cinderela ficou,
Princesa agora é do tipo Fiona!
Minha princesa, bebe cerveja,
Sobe na mesa e pira o cabeção.
Cara metade, minha alma gêmea,
Eu sou cachaça ela é o meu limão
Minha princesa, bebe cerveja,
Sobe na mesa e pira o cabeção.
Cara metade, minha alma gêmea,
Eu sou cachaça, ela é o meu limão.
Pensa num bicho invocado,
Uma mulher de pegada, muito parceira de festa,
Minha princesa bandida...
O nosso conto de fada começa numa balada.
Foi Deus que pôs essa mulher na minha vida!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Lição número 13 - E o resto não me importa

O que eu quero é ser feliz! Àqueles que ousam falar, que ousem. 
Estou vivendo, trabalhando e me machucando e nem por isso ando triste...
Sou feliz apenas em saber que há algo maravilhoso para acontecer...
Só eu sei o que eu passo todos os dias desde o momento que acordo até a hora que me deito, então, porque vou me preocupar com o que o resto do mundo está pensando?
Já passei da fase de temer o que o povo tem a dizer, já fiquei quieta em casa, sem fazer nada, apenas dormindo e tinha gente falando que eu estava bêbada por ai, ficando com Deus e o mundo...

Então, que se dane todo mundo, eu quero mais é ser feliz!

Da exótica e sempre imperfeita, Dan!

Gauchescos

Textos de um amigo... Lindos:

"Não poderia decifrá-la em versos, tão pouco em acordes, 
Nem tentar desvenda-la em uma eternidade...
Quisera eu ser um escultor e criar tal perfeição para pôr em meu pedestal, 
Cansar meu olhar de tanto a observar....
Hááá....como é doce senti-la tão perto, 
Sinto-me entrelaçado a um lençol de seda, tão leve quanto o vento...
Mesmo vento que trás teu perfume e me fascina....
Teu olhar profundo invade minha alma de uma forma mágica, de pura sedução...
Imagino o calor do teu corpo me atravessando, me sugando...
Venha, tira-me o fôlego, tira-me as forças do corpo...
Se eu pudesse, tocar teus lábios com os meus, 
Outro beijo jamais iria querer sentir, tua forma de mulher, 
Na sua mais pura essência e ternura me enlouquece de prazer...
Venha enlouquecer comigo, perder a linha do tempo, 
Do espaço, fechar os olhos e viajar na imensidão do universo...
Pois ao teu lado sou fogo, sou água, sou tudo e o nada, 
Sou teu, és minha, em uma eterna sinfonia de sons, gemidos de prazer e amor no olhar."

"Querência amada, terra onde eu nasci, cresci e ainda vivo aqui, com orgulho desse meu rincão, que quando piazito descalço corria por esta chão, montava em meu cavalo, passava por esta imensa terra e a fazia estremecer, como o estrondo de um trovão.
Lembro do meu tempo de criança, montado no lombo de um cavalo, tocando o gado para o cercado e o berrante empunhado na mão, soprava fortemente e longo, ficava sem fôlego, mas dava muito orgulho ao meu velho paizão.
Com ele tudo aprendi, desde encilhar os cavalos, ate montar nos mais chucros e bravos, com certeza vários tombos eu caí e com orgulho de meu velho pai que hoje se foi, agradeço-lhe pelos ensinamentos.
E com o coração batendo fortemente em meu peito, digo-te sem rodeio, desta terra cuidarei, mesmo com o corpo cansado, mãos e pés calejados, jamais daqui sairei e quando eu também partirei, ao seu lado quero ficar, será sete palmos abaixo desta terra que meus filhos e teus netos hão de idolatrar."

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Desabafos de uma pós-adolescente

Bem, hoje acordei extremamente desanimada, cansada, chorosa. Quem me conhece, de fato, sabe que eu odeio mulheres histéricas e chorosas. Não ando numa fase muito legal da minha vida pessoal, a profissional vai bem, obrigada. Digo, nada mal para uma mulher de apenas 23 anos. Um emprego bacana (secretária de um centro universitário há aproximadamente dois anos) e legalmente, única proprietária de um instituto educacional há mais de um ano, sem contar uma quase mestranda em Letras com duas propostas de empregos para 2013, uma como professora de História em uma das poucas escolas que ainda não trabalhei na cidade e outra como professora em uma faculdade na cidade vizinha. Promissor.

Mas na vida pessoal, a mesma bagunça de sempre. Fazem aproximadamente dois meses conheci alguém. No sentido bíblico. E gostei. Não é segredo pra ninguém que o meu maior desejo é casar e ter filhos, e que eu raramente fico com alguém. No ano passado fiquei com duas pessoas, apenas. Meu ex-namorado e uma outra pessoa que na época achei interessante. Entrei em 2012 brigada com meu, então, namorado. Foi um relacionamento cheio de idas e vindas. 

Rogério, meu ex, é quase 11 anos mais velho que eu, separado e com dois filhos. A mais velha, oito anos mais nova que eu, mas se postas lado a lado, parecemos ter idade mais próximas. Convenhamos, sou magra demais e sou menos encorpada que as adolescentes de 13, 14 anos que vemos por ai. O filho caçula me odeia. Sempre fez questão de deixar isso bem claro. Assim que fui apresentada oficialmente para ele, fez questão de dizer que me odeia, com todas as letras e ainda por cima, me ameaçou, dizendo que se eu me casasse com o pai dele e tivesse filhos, ele mataria. Lindo, né? Tivemos muitos problemas. Primeiro, é difícil para uma garota de 21 anos administrar tudo isso. Depois, vieram as críticas por causa da diferença de idade. Houveram outros que me atormentaram por causa da aparência dele. Não vejo nada demais. Ele não é um homem bonito. Muito alto, cerca de 1,90 h e 120 kgs e velho, não é o que se espera para alguém da minha idade e constituição física.

Aparência nunca foi importante para mim. Nem vai ser. Tudo que eu quero na verdade é alguém para estar ao meu lado e me dar carinho. Eu sou extremamente carente. Durante todo o tempo em que estivemos juntos, passei por várias situações tensas. A primeira vez que nos separamos, ele começou a namorar outra mulher. No dia em que rompemos, ele começou a namorar com ela. Sou do tipo que se apega fácil. Gostava dele, ainda. Pouco mais de um mês depois, reatamos. Ficamos um bom tempo juntos dessa vez. Na véspera do natal, dia 23, para ser mais exata, fomos ao casamento de um colega de trabalho. Ele fez questão de me irritar. Depois de algumas horas de provocação eu queria ir embora e ele queria ficar. Levantei da mesa. Ia deixar ele na festa sozinho. Eu já havia avisado antes de sair de casa que iríamos apenas na cerimônia, que eu não ia ficar para a recepção e mesmo assim, ele insistiu que ficaria. Conversamos e ficamos mais um pouco. Foi quando ele fez a revelação que desencadearia o fim de um relacionamento já fadado ao fracasso. Depois de quase um ano juntos, apenas no casamento do Igor ele me contou que era casado no religioso e que, portanto, não poderíamos casar na Igreja, coisa que ele sabia ser o meu maior desejo, desde o início do nosso relacionamento.

Sabe quando você fica completamente sem reação? Então. Decidi ir embora, deixei ele em casa e fiquei pensando no meu presente de Natal. No dia seguinte, combinamos que eu ficaria um pouco na casa dele, depois de ter passado um tempo com a minha família. O trato seria ele me buscar às 02h da manhã, mas às 23h ele já me ligava e perturbava. Brigamos, fiquei com a minha família e ele com a dele. Ele viajaria no dia seguinte e só retornaria após o ano-novo. Ele ficaria de me avisar quando retornasse. A Dienni me avisou. Alguém já deve ter se perguntado o porquê de haver continuado com essa criatura. Paixão. No dia do casamento do meu tio caçula, veio o pedido oficial de namoro. Começamos, de novo, no sábado de carnaval. Daí vieram os planos de casamento e tudo. Uma semana antes da páscoa, uma ligação, muito choro e Meirinha passando muito mal antes da conversa. Quando ele foi me buscar no trabalho, ainda estava pálida e abatida. Mas já não chorava e já havia controlado o estomago. Terminamos. Ele afirmava não poder me dar o que eu mais queria: casamento. Ia me fazer sofrer e toda aquela baboseira. E que notícia recebo menos de seis meses depois do fim? Ele vai se casar. Me senti traída, não por ele se casar, mas pelo fato de que ele vai se casar. Entende? O que eu tenho de errado? Por que ele não estava pronto pra casar comigo mas está pronto pra casar com outra? Devo ter algo de muito errado. 

Quatro meses depois disso, conheci alguém a quem carinhosamente apelidei de 'minha lagarta'. Bem carinhoso, não? Algo a ver com Alice no país das maravilhas, onde ele era a Lagarta e eu a Alice. Peraí!!!! Mas a Alice persegue o coelho! É por isso que também não deu certo. Rs. Foi apenas uma pausa. Confesso ter me encantado com a minha lagarta. Extremamente carinhosa. Abraços deliciosos onde eu me perdia, pareciam atemporais. Nunca havia recebido abraços tão bons. Era delicioso receber carinho. Ficar horas e horas perdida em teus braços, roçando o meu rosto no seu e vice-versa, ficar olhando teus olhos no silencio. Foi uma lição de entrega gratuita. Sem esperar nada em troca. Dormir em teus braços, simplesmente dormir sem nada mais. Um beijo e um abraço. Foi bonito. E acabou. Como tudo um dia acaba. Era algo que tinha um tempo certo para acontecer, um início e, logicamente, um fim. Os dois carentes demais, não ia dar certo. Ia acabar açucarado demais e, por fim, azedar.

Umas duas semanas depois, conheci alguém, não me recordo como. Enfim, volto a falar da pessoa lá de cima, que conheci biblicamente. Diferente dos dois acima. Nem rústico, nem doce. Direto. A primeira vez que conversei com ele pessoalmente, ele me chamou de baixinha e tagarela. Lindo, né? Engraçado, diria. Determinado. Nem na aparência se assemelha ao meu ex ou a minha lagarta. Digo, alto como o meu ex, magro, mas não tanto quanto a lagarta. Descontraído, um pouco arrogante, muito bonito, apesar disso não me interessar. Se conhecessem meus ex, saberiam que tenho uma queda por homens feios e gordinhos, apesar de um ou outro magrela por ai. Nunca os musculosos e lindos. Não sei porque, mas ele me afeta de alguma forma. Não sei se gosto dele, mas posso afirmar que não desgosto.

Sexta, nos encontramos inesperadamente. Uma festa na cidade. Adoraria ter ficado com ele a noite toda. Mas sonsa como sou. Pode não parecer, mas sou tímida pra caramba e estava extremamente cansada. Houve um momento em que me sentei do lado de fora do ambiente, distraída que só vendo, olhava para fora, para a rua e nem vi que ele havia se sentado bem próximo a mim. Só percebi quando a esposa do meu primo me falou. Sonsa, sonsa, sonsa. Situação engraçada entre nós. Tive uma crise de riso sem explicação quando estava com ele. Claro que volta e meia vira motivo de piada. 

Gostaria de ter ficado com ele novamente. Um beijo sempre faz bem, apesar de me sentir mais baixinha do que sou quando estou ao lado dele. Me sinto tão pequena, miúda, ainda mais agora depois que uma crise alérgica, uma gripe e uma crise asmática me consumiram. Perco peso por toda e qualquer coisa e, na sexta, estava mais magra uns 05 kgs desde a última vez que o havia visto e ainda estava me sentindo feia pra caramba. Coloquei um jeans que agora me fica folgadíssimo, uma sapatilha para salientar o quanto sou baixinha e uma camiseta gola canoa jogada de lado e meus indomáveis cachos vermelhos soltos. Sem um pingo de maquiagem. Estava tão cansada, mas tão cansada, que mal dancei. Quando me empolguei um pouco, já era tarde e um moleque atrevido me mordeu o ombro quando me recusei a dançar com ele. Ai que nojo!!! Uma pessoa que eu nunca vi na minha vida me mordendo e salivando no meu ombro!!! Vim embora tomar um banho e dormir alguns minutos antes de ir trabalhar. 

Coisas estranhas acontecem comigo. Ficou só o desejo de mais uma vez estar nos braços do arrogante rapaz bonito que eu sonsamente não vi sentado ao meu lado. 

Da exótica e sempre imperfeita, Dan.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Fragilidades

E quanto mais a gente tenta ser forte, mais frágeis nos tornamos.
Cada pedacinho interno se trinca e nem ao menos percebemos...
Só sentimos, de fato, quando não há mais como reparar rapidamente...

sábado, 1 de dezembro de 2012

Dezembro

Enfim, dezembro... E o que há de bom pra mim? NADA!
Hoje deveria ser um dia muito divertido pra mim. Afinal estava indo buscar meu primeiro carro, compro com meu próprio dinheiro. E o que acontece? Uma moto me acertou. E estragou o meu carrinho, fruto de tanto trabalho...
Fiz o que mais odeio: Chorei... Odeio mulher que chora por tudo... Mas uma claustrofóbica, portadora de síndrome do pânico pode fazer mais o que? Poderia nem gritar, pois desde quinta estou sem voz em decorrência de uma crise alérgica. Essas coisas só acontecem comigo... Enfim... Odeio Formosa, aora mais que nunca...

Affs

Exótica e sempre imperfeita:
Dan Leocádio