Minhas excentricidades

sábado, 31 de julho de 2010

Da inquietude

''A solidão desola-me; a companhia orpime-me. A presença de outra pessoa desencaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distração especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir.'' (Fernando Pessoa)

Encontrei no blog dainquietude.blogspot.com

Senti-me assim, então decidi postar... Blog bem interessante, esse...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ódio - afff

Durante muito tempo eu construí uma história em cima de um castelo destruído
E pra fugir dessa realidade dura eu já encontrei mais de mil motivos
Agora essas palavras de pessoas santas parecem música nos meus ouvidos
Já que ficou quase insuportável ouvir a voz dos meus olhos aflitos

De tanto chorar depois que a festa acabar
Se eu não me matar, talvez eu peça ajuda para voltar
De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar

Eu olhei ao meu redor para reconstruir o meu castelo caído
Pra viver de bons momentos sem ter que ter os olhos escondidos
Já fiz até um testamento que não tem nada, nada, nada escrito
Já que a minha maior herança é a que eu vou levar comigo

Pra evoluir, depois que o terror passar
Se eu não suportar talvez eu peça ajuda pra voltar
De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar

Esse meu ódio é... Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra
Esse meu ódio é... Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra
Querendo que o outro morra

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O que penso sobre o amor...

Sempre pensei na utilidade do amor na minha vida...
Nunca encontrei uma resposta concreta para esse questionamento...
Talvez as pessoas sejam mais felizes quando pensam amar ou amam alguem...
Até o presente momento, o amor não me trouxe grandes descobertas, palpitações e estrelinhas, como muitos descrevem em textos ditos romanticos... Rompantes amorosos não fazem o meu estilo, no momento...
Pés no chão... Cabeça no lugar... Tenho preocupações mais relevantes e menos fúteis que paixões, e ainda não chegou meu verdadeiro amor...
A vida já é deveras complicada sem sentimentalismos exagerados... Não que eu não ame ninguém... Ao contrário, amo pessoas em demasia até...
Família, amigos, enfim, refiro-me à um amor homem-mulher... Preocupação desnecessária no momento, uma vez que nem apaixonada estou, mas preocupante levando-se em conta que creio que o amor vem com a convivencia, a confiança e o respeito...

Enfim, talvez me faça compreender melhor com esse texto musical...

L'amour
L'amour, hum hum, pas pour moi,
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ca s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ca me blesse, ou me lasse, selon les jours


L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,


Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,


L'amour ça ne va pas,
C'est pas du Yves Saint Laurent,
Ca ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour j'laisse tomber !


A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,


L'amour, hum hum, j'en veux pas
J'préfère de temps en temps
Je préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment !

Carla Bruni

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Todas as cartas de amor são ridiculas

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos, 21-10-1935


Gosto desse texto... Talvez por minha natuureza romantica...