Minhas excentricidades

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

DAR NÃO É FAZER AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca... Te chama de nomes que eu não escreveria... Não te vira com delicadeza... Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar.... Sem querer apresentar pra mãe... Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral... Te amolece o gingado... Te molha o instinto. Dar porque a vida é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?". É não ter companhia garantida para viajar. É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho... É não ter alguém para ouvir seus dengos... Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar
Experimente ser amado...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Divagações sobre o amor

As pessoas estão perdendo a capacidade de amar?
De enxergar em cada pequeno gesto uma prova de amor?
Um abraço inesperado?
Um beijo roubado?
Ficar ao lado? Mesmo em silencio...
Uma companhia dorminhoca?
Não se percebe mais o amor em cada pequeno gesto?
Servir a comida?
Um copo de água?
Separar a roupa mais fresca?
Nada disso simboliza mais amor?
A noite mal dormida
preocupada com suas dores?
Nada disso mais importa?
Ir com você onde eu não quero ir, só para não te deixar sozinho...?
Fazer coisas que não quero, só para estar ao seu lado?
Corro atrás de sonhos que não são meus e não tenho reconhecimento disso...
Faço coisas que não sei fazer, só pra te ajudar...
No meu tempo, admito, mas sabes tão bem que gosto de pressão
Não sei fazer nada sem isso
Não sou organizada
Sou desastrada
Meio lenta
Mas isso não significa que eu sou a causadora das tuas falhas
Dos teus erros
Quantas vezes estive ao teu lado?
Te cuidei, dei remédios, me preocupei?
Eu não sou perfeito
Ajudo no que posso, corro atrás de coisas com você
Desejo construir com você,
Sonhos, família, desejos, objetivos
Mas não posso admitir que você me faça sentir menor
Menor que meus sonhos
Menor que meus objetivos
Menor que você
Principalmente menor que eu mesma
Eu me esforço
Juro que me esforço
Faço coisas com você e por você
Que nunca me imaginei fazendo
Mas não posso admitir que o meu amor por você
Seja maior que o meu amor próprio
Tentei, tento e continuarei tentando fazer nosso amor dar certo
Mas esse tem que ser um esforço recíproco
Eu te amo, mas isso não significa que eu deixei de me amar

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Divagações sobre o amor

As pessoas estão perdendo a capacidade de amar?
De enxergar em cada pequeno gesto uma prova de amor?
Um abraço inesperado?
Um beijo roubado?
Ficar ao lado? Mesmo em silencio...
Uma companhia dorminhoca?
Não se percebe mais o amor em cada pequeno gesto?
Servir a comida?
Um copo de água?
Separar a roupa mais fresca?
Nada disso simboliza mais amor?
A noite mal dormida
preocupada com suas dores?
Nada disso mais importa?
Ir com você onde eu não quero ir, só para não te deixar sozinho...?
Fazer coisas que não quero, só para estar ao seu lado?
Corro atrás de sonhos que não são meus e não tenho reconhecimento disso...
Faço coisas que não sei fazer, só pra te ajudar...
No meu tempo, admito, mas sabes tão bem que gosto de pressão
Não sei fazer nada sem isso
Não sou organizada
Sou desastrada
Meio lenta
Mas isso não significa que eu sou a causadora das tuas falhas
Dos teus erros
Quantas vezes estive ao teu lado?
Te cuidei, dei remédios, me preocupei?
Eu não sou perfeito
Ajudo no que posso, corro atrás de coisas com você
Desejo construir com você,
Sonhos, família, desejos, objetivos
Mas não posso admitir que você me faça sentir menor
Menor que meus sonhos
Menor que meus objetivos
Menor que você
Principalmente menor que eu mesma
Eu me esforço
Juro que me esforço
Faço coisas com você e por você
Que nunca me imaginei fazendo
Mas não posso admitir que o meu amor por você
Seja maior que o meu amor próprio
Tentei, tento e continuarei tentando fazer nosso amor dar certo
Mas esse tem que ser um esforço recíproco
Eu te amo, mas isso não significa que eu deixei de me amar

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ao meu anjinho

Meu filho, minha filha
Penso em ti todos os dias. Confesso que nos primeiros dias, me assustei, tive medo. Mas depois senti um amor tão grande que chega a ser inexplicável. Teu pai e eu fizemos planos e planos para ti, mais infelizmente não foram os mesmos planos de Deus.
Me sinto extremamente triste e deprimida por não saber como será teu sorriso, tua gargalhada, tua voz, teu olhar, teu cheiro, teu peso, teus lábios. Creio que essa seja a maior dor de uma mãe: não ter seu filho junto a ti. Não posso afirmar-te que seria a melhor mãe do mundo para ti, mas te daria o meu melhor. Te dei o meu melhor. Você foi o meu tudo. Confesso que choro por ti todos os dias, de saudade, de amor, de angústia. 
Todos os dias imagino como você seria. Se pareceria com teu pai ou comigo. A cor dos teus olhos, dos teus cabelos, a cor da tua pele, a textura do seu cabelo e da tua pele, o seu cheirinho, a tua voz, tudo. Me dói ver outras mulheres grávidas, bebês, por que eu sei que eu não te terei nos braços, por que eu sei que nós nunca vamos nos conhecer, jamais vou escutar um Eu te amo de você, que eu jamais vou conseguir te dar um abraço bem apertado, te embalar e te colocar na cama. 
Me entristeço de olhar para o teu pai e saber que ele também sofre e que eu não consigo conversar sobre você com ele. Meu anjinho, eu te amo e para sempre vou me lembrar de ti. Sei que parece tortura, mas eu sei que sempre vou olhar para uma e outra criança e pensar em como você seria.
Eu te amo.
Com todo o amor e carinho do mundo.
Da sua, 
Mamãe.

domingo, 14 de julho de 2013

Do silêncio

Palavras presas na garganta são tão nocivas quanto qualquer veneno aplicado em nossas entranhas. 
Calar-se, manter-se à margem, parece seguro, mas é algo que basicamente vai te sufocando aos poucos, roubando-lhe a vitalidade, a alegria, todas as suas energias.
Eu cheguei num ponto em que o meu silêncio sufoca a si mesmo, precisa esvair-se.
As palavras amontoam-se na minha garganta e acabam explodindo em meus olhos em forma de lágrimas. Não consigo mais retê-las em meu interior. Escapam de mim, nos olhos, no paladar, em tudo.
Atropelam-se na gigante angustia de sairem e serem livres.
Liberdade!
Caiu-se o silencio opressor que dominava minha vida.

Do cansaço

Eu cansei de ser quem as pessoas querem que eu seja
Eu cansei de ser a mãe de filhos que não são meus
Eu cansei de ser a amiga complacente que passa a mão na cabeça
Cansei de encobrir as merdas dos outros
Cansei de ser a boa moça
Cansei de ser a educada
Cansei de ser a frágil
Cansei de ser a boba
Cansei de ser a boazinha
Cansei de ser a mulherzinha perfeita
Eu estou me redescobrindo
Estou me amando
Estou me encontrando
Me endurecendo
Me desfazendo
Para me reerguer
Não vou mais corrigir erros alheios
Assumir suas responsabilidades
Não vou mais dar conselhos que ninguém escuta
Vou dizer NÃO! pra você, acostume-se
Eu preciso viver a minha vida
Eu tenho uma vida
Eu sou alguém
Talvez você não tenha percebido
Mas eu não preciso viver pra você
Em prol de você
Eu tenho pessoas para amar
Eu tenho pessoas para cuidar
Eu tenho relacionamentos a resgatar
Eu tenho pessoas para voltar para casa todos os dias
Pessoas pelas quais vale a pena lutar
Vale a pena investir
Pessoas que realmente se preocupam comigo
Estou descansando
Estou sendo eu mesma

domingo, 30 de junho de 2013

Clichê

Criei canções e melodias pra te conquistar,
Em cada verso, poesia pra me declarar.
Mas só palavras não vão traduzir o que é
Te olhar nos olhos e te ver sorrir.

E se eu parecer um bobo você pode rir,
É que esse seu jeito manhoso me deixou assim,
Completamente louco por você,
Fazendo minhas rimas só pra te dizer.

Você é o primeiro pensamento do meu dia,
Se eu não te vejo quase morro de agonia.
Sou dependente desse amor, seu beijo vicia,
Eu quero todo dia!

A noite cai, o meu sonho é você,
Dizer te amo já tá virando clichê.
Mas eu tô repetindo pra você saber,
Que eu adoro amar você!

sábado, 29 de junho de 2013

Lua Cheia

Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!...

Êta vidinha da boa
Que ela me chama
Tira uma onda comigo
Me leva na boa
Cama de gata
Parece dona
Êta vidinha sacana
E ela é à toa...

Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!...

Ela se amarra
Ela viaja na dela
Olha menina danada
Não me dá bola
Anda comigo
Parece que vai rolar
Vira essa lua lá fora
E ela vai embora...

Lua Cheia fica doida
Lua Cheia vamos namorar
Lua Nova vida boa
Lua Nova ela quer casar...

Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!...

Ela diz que me ama
Mas não pode ficar
Meus amigos me dizem
Ela é estranha
Ela desaparece
E diz que não vai voltar
Vira essa lua lá fora
E ela me devora...

Lua Cheia fica doida
Lua Cheia vamos namorar
Lua Nova vida boa
Lua Nova ela quer casar...(2x)

Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!...

Êta vidinha da boa
E ela me chama
Tira uma onda comigo
Me leva na boa
Cama de gata
Parece dona
Êta vidinha sacana
E ela é à toa...

Lua Cheia fica doida
Lua Cheia vamos namorar
Lua Nova vida boa
Lua Nova ela quer casar...(4x)

Nanah Nanananah!
Nanah Nanananah!
Êta vidinha sacana!...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Recordação

'Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não?'

"Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado", ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora para percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio, aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: "Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado".

Meu espanto, contudo, não durou muito, pois ele logo emendou: "Nunca vou esquecer: 1º de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho, lá em Santos, e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás... Fazer o que, né? Se Deus quis assim...".

Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo e consegui encaixar um "Sinto muito". "Obrigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela." "Cê não tem nenhuma?" "Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Que nem: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano, mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?" "Isso."

"Ano passado me deu uma agonia, uma saudade, peguei o álbum, só tinha aqueles retratos de casório, de viagem, do jet ski, sabe o que eu fiz? Fui pra Santos. Sei lá, quis voltar naquele bar." "E aí?!" "Aí que o bar tinha fechado em 94, mas o proprietário, um senhor de idade, ainda morava no imóvel. Eu expliquei a minha história, ele falou: Entra'. Foi lá num armário, trouxe uma caixa de sapatos e disse: É tudo foto do bar, pode escolher uma, leva de recordação'."

Paramos num farol. Ele tirou a carteira do bolso, pegou a foto e me deu: umas 50 pessoas pelas mesas, mais umas tantas no balcão. "Olha a data aí no cantinho, embaixo." "1º de junho de 1988?" "Pois é. Quando eu peguei essa foto e vi a data, nem acreditei, corri o olho pelas mesas, vendo se achava nós aí no meio, mas não. Todo dia eu olho essa foto e fico danado, pensando: será que a gente ainda vai chegar ou será que a gente já foi embora? Vou morrer com essa dúvida. De qualquer forma, taí o testemunho: foi nesse lugar, nesse dia, tá fazendo 25 anos, hoje. Ali do lado da banca, tá bom pra você?"

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Eu te amo tanto...

Eu conto quantas vezes você me diz “eu te amo”. Assim como contava estrelas, assim como contava os pássaros de uma migração, assim como contava os fósforos e os grãos de feijão para a tabuada. Espero sua pronúncia sempre. Amo quando me responde, mas amo ainda mais quando respondo. Controlo o “eu te amo” em sua boca, em seu email, em seu sms, no Facebook. E quando não vem já me conto de menos. Já me sinto menos. Já me subtraio. Não vem alegar que “eu te amo” deve ser dito somente com vontade. Eu digo bom dia para criar vontade. Eu digo boa tarde para gerar vontade. Eu digo boa noite para perpetuar vontades. “Eu te amo” puxa o amor ainda ignorado, ainda desconhecido, ainda por vir. O amor ainda insensato, ainda não civilizado, ainda desinformado. O amor que não tem nome e que já é nosso. O amor que desconhece o endereço mas vem vindo. Porque amor não é clareza, explicava meu pai Nejar, amor é claridade. Não vem alegar que exigir o “eu te amo” de volta é coagir. Faço coerção mesmo. Com todo meu amor. Amor não pede espaço, atropela. Amor não espera esmola, toma o que nem somos. Amor não tem moderação, é intensidade, que é muito mais forte do que pressão. Eu conto todos os “eu te amo” que me oferece. Um por um. Não quero nenhum “eu te amo” meu sem um “eu te amo” seu. Nenhum “eu te amo” solteiro em nossa vida.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dia das mães

Esse deveria ter sido o meu pior dia das mães mas, pelo contrário, para mim, como pessoa, mulher, filha e mãe, foi maravilhoso. Apesar de me sentir o ser mais incompetente do mundo por não ter mais o meu bebê comigo, é uma sensação totalmente diferente. A minha percepção de quem é a minha mãe e de tudo o que ela foi capaz de abrir mão para que eu pudesse ser quem eu sou, ter o que eu tenho (um lar para voltar todos os dias a noite, uma cama quentinha e confortável, um colo pra deitar, braços para me rodear, comida gostosa e quentinha sempre que u pedir ou tiver vontade de comer, alguém para simplesmente me olhar nos olhos e me entender mesmo quando meus lábios ficam colados e calados).

Minha mãe e eu nunca tivemos muito tempo para conviver... Mas, como assim, se as duas habitam embaixo do mesmo teto???? Sempre tivemos horários muito diferentes. Lembro que quando era criança, eu via a minha mãe mais tempo na escola do que em casa. Ela era a secretária. Teve uma época que a minha mãe saia de casa cedo e eu estava dormindo e quando ela retornava, tarde da noite, eu já estava dormindo. Nos víamos então, aos domingos e feriados. 

Creio que depois dessa experiência, eu valorize mais a minha mãe, eu entenda mais a minha mãe. Uma mulher só entende de fato a própria mãe, quando ela se torna uma. 

Mãe, te amo tanto e sempre serei a tua menininha!!!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Era isso que queria ter postado

Filhos

Às vezes penso que não serei uma boa mãe.
Não tenho muita paciência com crianças mal educadas e respondonas.
Me tiram do sério. Me irritam. Me estressam.
Amo crianças de paixão, mas não sei se serei uma boa mãe.
Me acho rígida demais, por vezes.
Ora maleável demais.
Que serão dos meus filhos?
Melhor começar a aprender como ser uma ótima mãe.

Dói

Depois de quatro dias, finalmente decidi ligar o meu notebook. Me deparei com algumas coisas que não gostaria de ter visto nesse momento. As últimas páginas que abri no sábado. Roupas de bebês, moda gestante, várias e várias páginas assim. 
Na sexta-feira, tivemos a confirmação de nossa gestação, o Gio e eu. Pouco mais de meia hora, começava a nossa tormenta. Um sangramento, que a principio não era nada preocupante. Consultamos, fizemos ecografias e foi possível visualizar o meu bebê, o nosso bebê. Vi os batimentos cardíacos dele. As imagens mais lindas da minha vida.
Voltei pra casa guardei repouso, mas no domingo fomos surpreendidos por outro sangramento. Voltamos ao hospital e tivemos que retornar a noite. O obstetra que nos atendeu foi bem claro: Poderia não ter acontecido nada e também poderia não ter mais nada.
Fizemos outra ecografia na segunda, quando descobrimos que de fato não havia mais nada. É a pior notícia que um casal pode receber. Desestrutura tudo. A cabeça fica em outro lugar. Ter que voltar no obstetra pra saber se você vai ter que operar ou não é horrível. A expressão de pena das enfermeiras e das outras gestantes. Parece que todo mundo sabe o que está acontecendo com você. Quem você quer do seu lado no momento não pode entrar. Nós ficamos separados em todas as consultas, por que só é permitido a entrada de mulheres na ala obstétrica. 
Quando se perde um bebê, como nós perdemos, a última coisa que se quer é ouvir falar de bebês, gravidez, filhos, tentar novamente; Tudo que a gente quer, é o nosso bebê de volta, não outro, mas aquele mesmo que a gente sabe que não tem como.
É uma dor sem explicação, um vazio. Por três dias, nos preparamos para a chegada da pessoa mais importantes de nossas vidas e, desde a segunda-feira, nos despedimos desse serzinho tão pequeno que fez uma diferença enorme. Três milímetros. A espessura de um grão de arroz. 
Eu só queria o meu bebê de volta. Não quero palavras de conforto. Não quero escutar mais ninguém falando que podemos ter outro depois. Não suporto ver grávidas nas ruas. Não aguento ver essas propagandas de dia das mães cheias de mulheres grávidas, bebês, parturentes. Eu só queria ter o meu bebê de volta.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O meu amor

"E me beija com calma e fundo, até minh’alma se sentir beijada. O meu amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes. Depois brinca comigo, ri do meu umbigo e me crava os dentes. Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz. Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz."
— Chico Buarque.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Enfim,

Namorar envolve muito mais do que beijo na boca, um pedaço de metal no dedo, um status do facebook ou dizer um eu te amo. Namorar envolve duas pessoas, duas famílias, sentimentos, qualidades, defeitos, momentos alegres e tristes, respeito, lealdade, fidelidade, tempo, dedicação e principalmente envolve amor. Não é tão simples assim

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sonho (Incompleto) de uma Flauta

(...)Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso

Tem sorriso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia

Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem a sede que morre no seio
Nota que fermata quando desafino

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais (...)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Revelação

Eu senti os três...
Às minhas costas, lá estavam.
Três homens sem face.
O meu passado
O meu presente
O meu futuro.
O passado me sussurrou ao ouvido
Grudado em meus ombros
Ali depositava todo seu peso
Sua voz rouca e encorpada
Derramava sobre mim
Erros e acertos
Me feria e me curava
Me partia ao meio
Meu bem e meu mal
Meu presente me guiava
Por terrenos insólitos
Marchava sem rumo
Seu perfume me nauseava
Ora me empurrava
Ora me guiava
Ora me sorria
Ora me ironizava
Sussurrava com doces lábios
Erga-te mulher
Abre teus olhos
Toma postura
Empunha-te
Imponha-se ao que é teu
Seca tuas lágrimas
Acorda
Grita
Seja, mulher
Perca teu medo
Nada dura para sempre
Nada fica oculto
Não humilha-te
TU mereces mais
Erga-te!
Escutei meu presente e fui
Fui ser feliz
Fui viver
Meu futuro adquiriu olhos
Lábios, nariz, ouvidos
Disse-me, numa feição bondosa
Menina, caminha
coisas tão boas te esperam
Não mintas para ti
Persevera na verdade
Perdoa-te
Os outros já lhe perdoaram
Sejas humilde
Lembra-te de teus votos
Guarda-te para teu esposo
Sejas humilde para com teus irmãos
Vossa Pai se alegra por ti
Obedeça ao teu Pai,
Ele te guia
Ele te ergue.
Ora em silêncio
Não se lamurie
Vosso Pai vos ama
Segue-o
Ele vos reserva graças
Não queira vos erguer sobre o outro
Teu lugar é ao lado de quem vos necessita
Ensina ao teus filhos o significado do amor
E eles também vos ensinarão
Ama.
Assim, os três homens me deixaram.
Eles me explicaram.
Não precisei entender.
Eles mo disseram.
Repousei.
Nos braços de meu Pai.
Pude dormir.
E, enfim, eu acordei.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sou dessas

Eu bebo mesmo, danço até o chão e minha mãe sabe muito bem a filha que tem. Homem tem medo de mulher independente! Pior ainda: Homem tem medo de mulher que FARRA! Aí o cara, conhece uma menina bonita que bebe e farra tanto quanto ele… Se ele não quiser sair, ela sai só com as amigas, não tem tempo ruim, banca suas coisas, se tiver meio sem grana, se diverte como dá. Se tiver bem de dinheiro, ai é que sai mesmo... Conversa com todo mundo, conhece muita gente! Falando assim, parece bem fácil ficar e/ou namorar com uma mulher dessas. E é! O problema é que a grande parte dos homens não segura a onda de uma mulher pau-a-pau com eles, aí eles namoram a Sandy. A Sandy é fácil de namorar, ela sai, mas não dança, ela não bebe, nada de decotes ou mini saias. Se o namorado não quiser sair, ela não sai, e se ele quiser sair sozinho ela fica em casa, assistindo televisão e o melhor, leva chifre, sabe e aceita... Mas quer saber? Mulher que sabe se divertir e aproveita a vida até sozinha, dispensa homem sem coragem! Mulher de verdade assusta! Mulher nenhuma precisa de homem para se destacar… Não mesmo!

sábado, 30 de março de 2013

Sozinho

Talvez hoje, esse música combine mais conosco.


Exagerado

Pq assim somos nós dois...

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados
Na maternidade…

Paixão cruel
Desenfreada
Te trago mil
Rosas roubadas
Pra desculpar
Minhas mentiras
Minhas mancadas…

Exagerado!
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar…

Por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais…

Exagerado!
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais…

Exagerado!
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado!
Eu adoro um amor inventado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

terça-feira, 26 de março de 2013

Incompleto

Sabe quando você não tem mais inspiração para escrever e isso vai te corroendo por dentro?
Ando assim ultimamente, não é segredo. Nem graça ha mais em contar tudo o que gostaria de ter conto, parece aquele texto: "Há muito tempo, sim, que não te escrevo... Ficaram velhas todas as notícias."... 
Vai dando um desespero, uma fome de escrever, de ler, de ser e de viver.
O último texto que escrevi foi Insatisfação... Ainda continuo insatisfeita com muitas coisas, mas o pior de tudo, é que ando insatisfeita comigo mesma. Vamos caminhando sem rumo, sem destino, nos acomodando com as sementes ao longo do caminho. Vamos plantar árvores e colher belos frutos. Sentar à sombra do nosso trabalho e apreciar todo o caminho que trilhamos, não apenas sentar embaixo de árvores alheias, colher frutos alheios e desvalorizar o que fomos, o que somos e o que seremos.
Existem certas coisas que não precisamos ver ou ouvir. Ninguém é superior a ninguém, mas por vezes esquecemos do quanto somos importantes, únicos e valorosos. 

quarta-feira, 20 de março de 2013

Confie em si mesmo

Por vezes esquecemos o quão valorosos somos. Ninguém é insubstituível, porém ninguém é tão bom naquilo que você ama, quanto você mesmo. Pare, pense, repense... Você está fazendo o que gosta, o que quer ou o que precisa? Seja autêntico e vá sempre em busca do que é melhor pra você. Nunca atropele autoridades, saiba o seu lugar, não derrube ninguém, o empregado de hoje pode ser o chefe de amanhã. Humildade e sabedoria. Saiba discernir entre o correto e o errado. Seja justo. Não seja autoritário. Seja honesto, converse consigo mesmo. Analise-se. Conheça-se. Critique-se. A vida nos dá inúmeras oportunidades de sermos felizes, basta sabermos compreendê-las e abraçá-las. Seja feliz!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Garganta

Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo
Doido de gritar

Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha
Da sala de estar

Venho madrugada
Perturbar teu sono
Como um cão sem dono
Me ponho a ladrar

Atravesso o travesseiro
Te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço
Faço ela rodar

Sei que não sou santa
Às vezes vou na cara dura
Às vezes ajo com candura
Pra te conquistar

Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura
Só pra te agradar

Vim parar nessa cidade
Por força da circunstância
Sou assim desde criança
Me criei meio sem lar

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te... 

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...

Minha garganta estranha...

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...

Química

Desde o primeiro dia em que a gente se viu
Impressionante a química que nos uniu
E o tempo foi tornando tão intenso o nosso amor
Faróis iluminavam o meu coração
Feito faísca que virou uma explosão
E o tempo foi tornando tão intensa a nossa paixão
Tem magia o teu sorriso encantador
Com você tudo é tão bom
Não tenho medo de dizer que é amor
Fui feito pra você
Você nasceu pra mim
É o coração que diz assim
Amo até os seus defeitos
Imagine os beijos
Já tomou conta de mim
Fui feito pra você
Você nasceu pra mim
É o coração que diz assim
Amor não tem mais jeito
Te tatuei no peito
Pra sempre tá grudado em mim

Tem magia o teu sorriso encantador
Com você tudo é tão bom
Não tenho medo de dizer que é amor

Fui feito pra você
Você nasceu pra mim
É o coração que diz assim
Amo até os seus defeitos
Imagine os beijos
Já tomou conta de mim

Fui feito pra você
Você nasceu pra mim
É o coração que diz assim
Amor não tem mais jeito
Te tatuei no peito
Pra sempre tá grudado em mim

Só pro meu prazer

Não fala nada
Deixa tudo assim por mim
Eu não me importo
Se nós não somos bem assim
É tudo real as minhas mentiras
E assim não faz mal
E assim não me faz mal não

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer
Só pro meu prazer

Não vem agora com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você, não é nada que eu penso
Também se não for
Não me faz mal
Não me faz mal não

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer

Noite e dia se completam
O nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
Eu te recriei, só pro meu prazer
Só pro meu prazer

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Hoje

Hoje eu acordei sentindo falta
De coisas que tive, que tenho
E até de algumas que desconheço
Frustrada por não poder sentir
Tua pele, teu cheiro, teu gosto
Privada de você
De mim
De nós
Acordei sentindo falta da filha
Que ainda não tive em meus braços
Dos sorrisos e beijos tão suaves
Da vozinha dengosa
Do rostinho que desconheço
Do peso em meu pescoço
Do corpinho em meu colo
Do mamãe assustado
Da gargalhada feliz
Hoje eu acordei estranha
Insatisfeita com tudo
Com você, comigo
Com todos
Insatisfeita com a nossa relação
Com a nossa casa, nosso caso
Nossas vidas
Com o meu companheiro
Com o meu amante
Com o meu amigo
Hoje eu acordei sentindo falta
Falta de mim mesma
Da garota sonhadora
Da mulher provocante
Da mãe amorosa
Da amante desejosa
Da filha rebelde
Senti falta de coisas
Pequenas coisas de mim
De você, de nós
Sentindo falta dos teus braços
Ao redor de minha cintura
Dos beijos e mordidas
Dos teus pelos arranhando a minha pele
Das marcas nada sutis em nossos corpos
Acordei sentindo a sua falta na cama
No quarto, na casa, na minha vida
Acordei sentindo um vazio
Sem explicações lógicas
Acordei sentindo a sua ausência
Física, emocional, sentimental
Psíquica, carnal
Ausência do sexo, da paixão
Do amor
Ausência até das palavras
Vazias, cheias
Hoje eu acordei
Eu simplesmente acordei

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender:

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria “reuniões”.
8. Há uma linha muito tênue entre “hobby” e “doença mental”.
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.


Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena!"


Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Tantas datas em uma

Hoje, 14 de fevereiro, comemoro algumas coisas e desmemoro outras.

Em 14/02/1930, nascia o homem mais importante da minha vida, que hoje completa 83 anos de vida, muito bem vividos: meu lindo e amado avô Benedito Leocádio de Lima. 

Em 14/02/2008, infelizmente, falecia uma das mulheres mais importantes da minha vida: Rita Ribeiro de Lima, esposa do meu avôzinho amado, que aniversaria justamente hoje. 05 anos sem a minha amada flor.

Em 14/02/2013, completo um mês de namoro com aquele ser que apareceu do nada. O meu, Giovanni Comiotto, pai da Giullia Caterine, o meu namorado, a quem aprecio, admiro, gosto, enfim (parar por aqui para não deixá-lo convencido, coração).

Em 14/02, comemora-se em Angola (que a cada dia tem uma importância maior em nossas vidas, né, coração?), o dia dos namorados.

Enfim, motivos em demasia para estar feliz, e motivos também para me entristecer. Acabou.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Meio assim, assim!

Quero esse amor que desperta
As minhas manhãs
Que traz no brilho dos olhos
Tanta certeza
Que me faz ser e sentir
O mais forte dos homens
Mas é uma dor de cabeça
Quando você some
E me deixa aqui
Chutando tudo pro ar
É sempre assim que eu me sinto
Quando vejo teus olhos
Feito farol de neblina
A me procurar
Feito vinho embriaga o meu coração
É meu elo com deus, minha oração
Meu amor, minha vida
Minha salvação
Que seja benvinda a mulher
Que me dá tudo isso
Que seja benvindo esse amor
Esse doce feitiço
Que seja benvindo esse tempo
Esse amor tão meu
Que seja benvinda você
Meu presente de deus

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Giullia

Ela nem bem chegou e já tenho tantos planos. Rs

Creio que vou acabar estragando a pequena. Posto aqui para vocês algumas ideias para o quarto da minha pequena flor (nem sei se o pai dela aprova ainda, mas divido com vocês algumas ideias, já tenho tudo planejado, aqui são ideias, mas nada do que eu já escolhi - rs).

































O quartinho da Caterine vai ficar lindão, né? Ideias inspiradoras não me faltam!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sutis mudanças

Enfim, conto e reconto coisas a vocês o tempo todo.

Como bem sabem, o coração está ocupado, muito bem ocupado. O meu coração tem planos. Se tudo der certo, terá como fruto a pequena Giullia Caterine Comiotto (eu sei que pouco tempo foi divulgado que o nome dela seria Jéssica Caterine Comiotto, mas conversamos e achamos Giullia tão mais lindo, sem contar que a bisa do meu coração, chamava-se Julia, então - rs)

Posto aqui o significado do nome da nova florzinha que nasceu no meu coração:

Giullia (Latim) - Cheia de Energia;
Caterine (Grego) - Pura, casta;
Comiotto (não aco o significado) - Sobrenome do pai dela.

Planos e planos para a pequena que ainda não chegou aos braços do teu pai, mas que, deseja-se, em breve o esteja.

Enfim, aguardar mais alguns longos meses para conhecer o rostinho de criaturinha já tão amada.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

TPMs da vida


Paperman

Relacionamento não é só prazer. Não é só festa, viagem, risada, diversão, brinde, sexo, beijo, cumplicidade. Relacionamento tem fase chata, de vez em quando tem briga, discussão, chatices, rotina, implicâncias, ciúme, bate boca. A gente tem que lidar, conviver e amar uma pessoa que veio de outra família, outro mundo, tem outra criação, outros costumes, outros pensamentos, outro jeito de viver. Você tem que aceitar aquela pessoa como ela é, e isso dá muito trabalho. O amor é lindo sim, e ele é a maior recompensa para quem não tem medo de enfrentar os próprios medos e os medos do outros. É querer estar com a pessoa independente de qualquer coisa ou situação. Pelo simples fato de 'estar junto'.
Confiram o link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=aTLySbGoMX0

Namore...

Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criador pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.

Compre para ela outra xícara de café.
Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.

Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.
Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslan, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.

Texto original: Date a girl who reads – Rosemary Urquico
Tradução e adaptação – Gabriela Ventura

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Planos

Eu faço planos para vocês
Eu faço planos com vocês
Meus amores
Meu coração
e minha vida

"(...) E pra deixar acontecer
a pena tem que valer (...)
Deixa o povo falar,
Que é que tem?
Eu quero ser lembrada
Com VOCÊS!"

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Perdão

Eu não queria preocupar ninguém.
Apenas adormeci e desesperei todo mundo.
Tola!
Quando vai aprender a chegar em casa e não dormir imediatamente?
Perdoe-me...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Dienny e a pequena

A Dienni escolheu o nome da pequena,

Diz que deverá ser Jéssica Catarynne Comiotto Leocádio.

Eu, particularmente, prefiro Jéssica Caterine Comiotto.

Veremos como fica.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Foco

“Eu quero muito fazer isso dar certo. Na verdade, nunca quis tanto uma coisa quanto eu quero isso.”
— 50 Tons de Cinza.

Verdade

‎- Eu tenho medo de ferir o coração de alguém .
- porque ?
suspirei .
- por que eu sei o quanto dói .

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dom Quixote


A vida é um moinho 
É um sonho o caminho 
É do Sancho, o Quixote 
Chupando chiclete 
O Sancho tem chance 
E a chance é o chicote 
É o vento e a morte 
Mascando o Quixote 
Chicote no Sancho 
Moinho sem vinho 
Não corra me puxe 
Meu vinho meu crush 
Que triste caminho 
Sem Sancho ou Quixote 
Sua chance em chicote 
Sua vida na morte 
Vem devagar 
Dia há de chegar 
E a vida há de parar 
Para o Sancho descer 
E os jornais todos a anunciar 
Dulcinéia que vai se casar 
Vê, vê que tudo mudou 
Vê, o comércio fechou 
Vê e o menino morreu 
E os jornais todos a anunciar 
Armadura e espada a rifar 
Dom Quixote cantar na TV 
Vai cantar pra subir

Pequena


Eu nem te conheço, minha flor
Mas noite após noite,
Eu te visualizo
Teus olhinhos brilhantes
Tua risada suave e gostosa
Em cada pequena menina
Eu te vejo, minha pequena
Como explicar uma ligação
Tão forte, com alguém que nem conheço?
Curioso como só te vejo
De saias e vestidos
Teus bracinhos a me envolver o pescoço
O beijo estralado no meu rosto
Tenho medo, minha pequena
E se depois de tudo isso
A minha flor não chegar a ser minha?
Tão linda, tão meiga
Tão contrária a mim
Minha pequena,
Explica-me como
Como posso gostar tanto de ti?
Sem nem ao menos te conhecer?
Engraçado como sei
Exatamente como tu é
Ai minha pequena
Metade do meu coração é teu
Sei o formato do teu rosto
A maciez de tua pele
O teu cheirinho gostoso
A leveza do teu cabelo
Eu sinto os teus dedinhos
Rechonchudos a me acariciar a face
A tua gargalhada infantil
A me invadir os ouvidos
O som mais gostoso que já ouvi
Tenho saudades de ti
Minha pequena
Apesar de ainda não a conhecer
Minha querida, minha flor
Minha pequena

Ele disse sim!

Bem gente, estou super feliz!
Desde o dia 14 desse mês, estou mais feliz ainda!
Ele me faz tão bem!
Confesso que fiquei algum tempo em cima do muro. Morro de medo de perder ele. Mas enfim, na segunda-feira, tome coragem e fiz a tão importante pergunta.

"Senhor Giovanni Comiotto, o senhor aceita namorar comigo?"

Ele não esperava de forma alguma. A expressão dele foi muito engraçada. Total espanto. Surpresa. Tive que repetir o pedido. Rs. Está certo que não foi nada tradicional, eu (Dan) pedir o Nany em namoro, mas, quem me conhece sabe que eu sou justamente assim, exótica e nada perfeita.

Enfim, a melhor parte, foi a que "Ele disse sim!", como diz o título da postagem.

Teenage Dream

You think I'm pretty without any make up on,
You think I'm funny when I tell the punch line wrong,
I know you get me so I let my walls come down, down,

Before you met me I was allright but
Things were kinda heavy, you brought me to life,
now every february you'll be my valentine, valentine

Let's go all the way tonight,
No regrets, just love
We can dance until we die,
you and I, we'll be young forever

You make me feel like I'm living a Teenage dream
The way you turn me on
I can't sleep Let's run away and
Don't ever look back, don't ever, look back

My heart stops when you look at me,
Just one touch now baby I believe
This is real so take a chance and
Don't ever look back, don't ever look back

We drove to Cali, and got drunk on the beach
Got a motel and built a fort out of sheets
I finally found you my missing puzzle piece
I'm complete

Let's go all the way tonight,
No regrets, just love
We can dance until we die,
you and I, we'll be young forever

You make me feel like I'm living a Teenage dream
The way you turn me on
I can't sleep Let's run away and
Don't ever look back, don't ever, look back

My heart stops when you look at me,
Just one touch now baby I believe
This is real so take a chance and
Don't ever look back, don't ever look back

I'ma get your heart racing in my skin tight jeans,
Be your teenage dream tonight
Let you put your hands on me in my skin tight jeans,
Be your teenage dream tonight

You make me feel like I'm living a Teenage dream
The way you turn me on
I can't sleep Let's run away and
Don't ever look back, don't ever, look back

My heart stops when you look at me,
Just one touch now baby I believe
This is real so take a chance and
Don't ever look back, don't ever look back

I'ma get your heart racing in my skin tight jeans,
Be your teenage dream tonight
Let you put your hands on me in my skin tight jeans,
Be your teenage dream tonight

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Jéssica

Sonhei contigo, minha pequena.
Tão linda, tão perfeita.
Um pouco rebelde, como eu.
Sempre de vestidos.
Pernas rechonchudas.
Sorriso brincalhão.
Olhos extremamente expressivos.
Tão linda, minha pequena.
Sempre se recusando a usar calças.
Apenas vestidos lhe satisfazem.
Tiaras, quantas tiaras e presilhas!
Seus cabelos tão lindos, macios
Leves e muito enrolados.
Tão esperta, minha pequena.
Cabelos e olhos iguais aos meus.
Teus braços enroscados em meu pescoço.
Quanto amor por ti, minha pequena.
Ainda não lhe vi, mas sei exatamente como tu é
Tão linda, minha pequena.
Que ciúmes de ti.
No meu sonho, te buscava na escola.
Te abraçava e não te queria soltar.
Toda minha, minha pequena.
Te levar ao teu pai, minha pequena.
Em meus braços, sentada em meu colo.
Tão linda, minha pequena.
Primeiro tu foi gerada em meu coração.
Agora falta-me te conhecer.
Em alguns meses nos encontraremos.
Assim espero, minha pequena.
Jéssica, tão linda.
No meu sonho, te mudaram o nome.
Agora, Minha Rainha Soberana.
E tão linda, minha pequena.
Tão linda.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Augusto Cury

‎"A sabedoria de um homem não está em não errar, chorar, se angustiar e se fragilizar, mas em usar seu sofrimento como alicerce de sua maturidade."

sábado, 12 de janeiro de 2013

Que seja doce

" O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada,veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca."

- Arnaldo Jabor

Humpty Dumpty e Alice

(Lewis Carroll, Through the looking glass - Alice do outro lado do espelho)

No entanto o ovo apenas cresceu mais e mais e se tornou mais e mais humano: quando ela já estava a uns poucos metros dele, percebeu que tinha olhos e um nariz e uma boca; e quando se aproximou, viu claramente que era o próprio HUMPTY DUMPTY. “Não pode ser ninguém mais!”, disse a si mesma. “Estou tão certa disso como se seu nome estivesse escrito em sua cara.”
Poderia muito bem ter sido escrito umas cem vezes naquela cara enorme. Humpty Dumpty estava sentado com as pernas cruzadas, como um turco, no topo de um muro alto – tão estreito que Alice se espantou de que pudesse manter o equilíbrio – e, como seus olhos estivessem fixos na direção oposta, e ele não reparasse nela, ela pensou que fosse alguém de muita presunção.
– E como se parece com um ovo! – ela disse em voz alta, estendendo as mãos, pronta para agarrá-lo, na expectativa de que a qualquer momento ele caísse.
– É de fato uma provocação – Humpty Dumpty disse depois de um comprido silêncio, sem olhar para Alice enquanto falava – ser chamado de ovo... de fato!
– Eu disse que você se parecia com um ovo, senhor – Alice explicou cortesmente. – E alguns ovos são bem bonitos, não é? – acrescentou, esperando que essa observação se convertesse numa espécie de elogio.
– Certas pessoas – disse Humpty Dumpty, sem nunca olhar para ela – não têm mais juízo que um bebê!
Alice não soube o que replicar: não parecia uma conversa, pensou, pois ele nunca dizia nada para ela; de fato, sua última observação se dirigira a uma arvore – então ela aguardou e disse baixinho para si mesma:
– Certo dia Humpty Dumpty sobre um muro se sentou. Mas deu azar e – tibumba! – um belo tombo levou.
Nem todos os cavaleiros do rei, com os seus cavalos, puderam novamente colocar Humpty Dumpty de volta em seu lugar.
– Essa última linha é muito longa para a poesia – acrescentou, quase em voz alta, esquecendo-se de que Humpty Dumpty poderia ouvi-la.
– Não fique tagarelando consigo mesma desse jeito, – disse Humpty Dumpty, olhando para ela pela primeira vez – mas me diga seu nome e seu negócio.
– Meu nome é Alice, mas...
– É um nome bem estúpido! – Humpty Dumpty interrompeu com impaciência. – O que significa?
– Um nome precisa significar alguma coisa? – Alice perguntou incrédula.
– Claro que precisa! – Humpty Dumpty disse com uma curta risada. – Meu nome significa a forma que eu tenho, e é uma forma bem bonita também. Com um nome como o seu, você poderia ter qualquer forma, quase.
– Por que você está sentado aqui sozinho? – perguntou Alice, sem querer começar uma discussão.
– Ora, porque não há ninguém comigo! – gritou Humpty Dumpty. – Pensou que eu não saberia a resposta para essa? Pergunte outra.
– Não acha que estaria mais seguro no chão? – Alice prosseguiu, sem intenção de propor outra charada, mas simplesmente na sua bem-intencionada preocupação com a estranha criatura. – Esse muro é muito estreito!
– Que adivinhas tremendamente fáceis você propõe! – Humpty Dumpty resmungou. – É óbvio que eu não penso assim! Ora, se algum dia eu caísse (que não tem a menor chance), mas se eu caísse... – Aqui ele fez um beicinho e pareceu tão solene e grandioso que Alice mal pôde conter o riso. – Se eu caísse, – ele continuou – o rei me prometeu... Ah, você pode ficar pálida se quiser! Não pensou que eu ia dizer isso, pensou? O rei me prometeu... de sua própria boca... que... que...
– Que enviaria todos os seus cavalos e todos os seus cavaleiros – Alice interrompeu, um tanto inadvertidamente.
– Mas agora eu afirmo que isso é muito ruim! – Humpty Dumpty gritou, tomado de súbito fervor. – Você esteve ouvindo por trás das portas... e das árvores... e pelas chaminés... ou não poderia saber disso!
– Não estive, juro! – Alice disse muito gentilmente. – Está num livro.
– Ah, bem! Podem escrever tais coisas num livro – Humpty Dumpty disse num tom mais calmo. – É o que vocês chamam de uma História da Inglaterra, é isso. Agora, dê uma boa olhada em mim! Eu sou alguém que falou com um Rei, eu sou: quiçá você nunca verá outro igual: e para lhe mostrar que não sou orgulhoso, você pode apertar minha mão! – E sorriu quase até as orelhas, enquanto se inclinava para a frente (arriscando-se a cair no chão por causa disso) e oferecia sua mão a Alice. Ela o observou com certa ansiedade, enquanto tomava sua mão. “Se ele sorrisse mais um pouco, os cantos de sua boca poderiam se encontrar na nuca”, pensou: “e então não sei o que aconteceria com sua cabeça! Quem sabe até caísse!”
– Sim, todos os seus cavalos e os seus cavaleiros – Humpty Dumpty prosseguiu. – Eles me levantariam de novo num minuto, pode acreditar! Porém esta conversa está indo um pouco rápido demais: voltemos à ultima observação, exatamente.
– Receio que não possa me lembrar – Alice disse com polidez.
– Nesse caso, comecemos do zero – disse Humpty Dumpty – e é minha vez de escolher um assunto... – (“Ele fala como se fosse só um jogo!” – Alice pensou.) – Então, aqui uma pergunta para você. Que idade você disse que tinha?
Alice fez um breve cálculo e disse:
– Sete anos e seis meses.
– Errado! – Humpty Dumpty exclamou triunfal. – Você nunca disse uma palavra a esse respeito!
– Pensei que você quisesse dizer: "Que idade você tem?" – Alice explicou.
– Se eu quisesse dizer isso, eu o teria dito – disse Humpty Dumpty.
Alice não quis iniciar outra discussão, por isso não disse nada.
– Sete anos e seis meses! – Humpty Dumpty repetiu pensativo. – Uma idade bastante desconfortável. Agora, se você pedisse meu conselho, eu teria dito: "Dê o fora com sete", mas já é tarde demais.
– Nunca peço conselho sobre crescimento – Alice disse indignada.
– Orgulhosa demais? – o outro inquiriu.
Alice ficou mais indignada ainda com essa sugestão.
– Quero dizer – afirmou – que nenhuma pessoa pode evitar de crescer.
– Nenhuma pode, talvez, – disse Humpty Dumpty – mas duas podem. Com a ajuda adequada, você poderia ter caído fora aos sete.
– Bonito cinto você tem! – Alice observou de repente. (Tinham falado o bastante sobre idade, pensou: e se cada um tinha o direito de escolher um assunto, agora era a vez dela.) – Ao menos – ela se corrigiu, pensando melhor – uma bonita gravata, eu devia ter dito... Não, um cinto, quero dizer... Peço desculpa! – acrescentou desolada, pois Humpty Dumpty pareceu bastante ofendido, e ela começou a desejar não ter escolhido esse assunto. “Se ao menos eu soubesse”, pensou consigo mesma, “o que é pescoço e o que é cintura!”
Evidentemente Humpty Dumpty estava muito bravo, embora nada dissesse durante um minuto ou dois. Quando ele falou de novo, foi num resmungo profundo.
– É uma coisa... muito... provocativa – disse finalmente – quando uma pessoa não distingue uma gravata de um cinto!
– Sei que é muita ignorância de minha parte – Alice disse, com uma humildade que abrandou Humpty Dumpty.
– É uma gravata, criança, e uma bem bonita, como diz você. E um presente do Rei Branco e da Rainha. É isso!
– É mesmo? – disse Alice, satisfeita de ter escolhido um bom assunto afinal.
– Deram-na a mim, – Humpty Dumpty continuou pensativo, enquanto cruzava um joelho sobre o outro e entrançava os dedos ao redor – deram-na a mim... como um presente de desaniversário.
– Perdão...? – Alice perguntou com ar espantado.
– Não estou ofendido – disse Humpty Dumpty.
– Quero dizer, o que é um presente de desaniversário?
– Um presente que se dá quando não é o seu aniversário, obviamente.
Alice refletiu um pouco.
– Gosto mais de presentes de aniversário – concluiu.
– Você não sabe do que está falando! – gritou Humpty Dumpty. – Quantos dias existem num ano?
– Trezentos e sessenta e cinco – respondeu Alice.
– E quantos aniversários você faz?
– Um.
– E se você tira um de trezentos e sessenta e cinco, quanto fica?
– Trezentos e sessenta e quatro, é claro.
Humpty Dumpty ficou em dúvida.
– Eu gostaria de ver isso no papel – disse.
Alice não pôde deixar de sorrir quando apanhou sua caderneta e fez a conta para ele:
3 6 5
1
____
3 6 4

Humpty Dumpty pegou a caderneta e examinou-a com cuidado.
– Parece estar certo... – começou.
– Está de cabeça para baixo! – Alice interrompeu.
– É com certeza que estava! – Humpty Dumpty disse com satisfação, quando ela a virou para ele. – Achei que parecia um pouco estranha. Como eu ia dizendo, parece estar certo... embora eu não tenha tempo para conferi-lo outra vez agora... E isso mostra que existem trezentos e sessenta e quatro dias em que você poderia ganhar presentes de desaniversário...
– Por certo – disse Alice.
– E apenas um para presentes de aniversário, portanto. Há gloria para você!
– Não sei o que você quer dizer com "glória" – Alice disse.
Humpty Dumpty sorriu com desdém.
– É óbvio que não sabe... até que eu lhe diga. Eu quis dizer: “Há um belo argumento infalível para você!”
– Mas “glória” não significa “um belo argumento infalível” – Alice objetou.
– Quando eu uso uma palavra, – Humpty Dumpty disse com certo desprezo – ela significa o que eu quiser que ela signifique... Nem mais nem menos.
– A questão é – disse Alice – se você pode fazer as palavras significarem tantas coisas diferentes.
– A questão é – disse Humpty Dumpty – quem será o chefe... E eis tudo.
Alice ficou pasmada demais para dizer qualquer coisa; assim depois de um minuto Humpty Dumpty começou de novo:
– São geniosas algumas delas... Principalmente verbos, são os mais orgulhosos... Com os adjetivos você pode fazer de tudo, mas não com os verbos... No entanto eu posso lidar com todos eles! Impenetrabilidade! É o que eu digo!
– Pode me dizer, por favor – disse Alice – o que isso significa?
– Agora você fala como uma criança razoável – disse Humpty Dumpty, parecendo mais contente. – Eu quis dizer com “impenetrabilidade” que já falamos demais desse assunto e que seria bom que você mencionasse o que pretende fazer em seguida, pois suponho que não pretenda ficar parada aqui pelo resto de sua vida.
– É muita coisa para uma palavra significar – Alice disse pensativa.
– Quando faço uma palavra trabalhar tanto, – disse Humpty Dumpty – sempre lhe pago hora extra.
– Oh! – disse Alice. Estava perplexa demais para fazer qualquer comentário.
– Ah, você precisava vê-las em roda de mim numa noite de sábado – continuou Humpty Dumpty – balançando gravemente a cabeça de um lado para o outro – para receber seus salários, sabe?
(Alice não se aventurou a perguntar com o que ele lhes pagava; então vejam que não posso dizer a vocês.)
– Você parece muito esperto em explicar palavras, senhor – disse Alice. – Poderia por gentileza me dizer o significado do poema intitulado “Tagarelisco”?
– Vamos ouvi-lo – disse Humpty Dumpty. – Posso explicar todos os poemas que já foram inventados – e um bom número dos que ainda não foram inventados.
Isso pareceu promissor, de modo que Alice recitou a primeira estrofe:
– Era grelhúsculo, e os mangartos
flexiscosos giroscopiavam
e no lafrás verrumaravam:
e muito fristes pareciam
os estornões, e malincondes
os caititurfas arfolavam.

– É o bastante para começar, – Humpty Dumpty interrompeu – há uma porção de palavras difíceis aí. “Grelhúsculo” significa quatro horas da tarde – a hora em que você começa a grelhar coisas para o jantar.
– Parece servir – disse Alice. – E “flexiscosos”?
– Bem, “flexiscosos” significa “flexíveis e viscosos”. “Flexíveis” é o mesmo que “ágeis”. Veja que é como umportmanteau – há dois sentidos encaixados numa única palavra.
– Agora percebo – Alice observou pensativa. – E o que são “mangartos”?
– Bem, “mangartos” são coisas como texugos... São coisas como lagartos... E são coisas como saca-rolhas.
– Devem ser criaturas de aparência muito curiosa.
– Se são – disse Humpty Dumpty. – Também fazem seus ninhos sob relógios de sol... E também vivem em queijos.
– E o que é “giroscopiar” e “verrumarar”?
– “Giroscopiar” é fazer giros como um giroscópio. “Verrumarar” é fazer buracos como uma verruma.
– E o “lafrás” é o gramado ao redor de um relógio de sol, suponho? – disse Alice, surpresa com sua própria ingenuidade.
– Com certeza. É chamado de “lafrás”, você sabe, porque se estende muito à frente e muito atrás dele...”
– E muito para os lados também – Alice acrescentou.
– Exatamente. Bem então, “fristes” é “frágeis e tristes” (eis outro portmanteau para você.) E um “estornão” é um pássaro magro, de aparência esmolambada, com as penas arrepiadas ao redor – algo como um espanador vivo.
– E os “caititurfas”? – perguntou Alice. – Receio estar dando muito trabalho a você.
– Bem, um “caititurfa” é uma espécie de porco verde: mas de “malincondes” não estou certo. Creio que seja uma junção de “melancólicos e perdidos” – significando que estejam longe de casa, suponho.
– E o que significa “arfolavam”?
– Bem, “arfolar” é alguma coisa entre arfar e resfolegar, com um tipo de espirro no meio: porém, você o ouvirá... E quando o tiver ouvido ficará muito contente. Quem andou recitando todas essas coisas difíceis para você?
– Li num livro – disse Alice. – Mas alguém me recitou outras poesias mais fáceis do que essa... Tweedledee, acho que foi.
– Quanto a poesia, você sabe, – Humpty Dumpty disse, levantando uma de suas grandes mãos – eu posso recitar poesia tão bem quanto qualquer pessoa, se for o caso...
– Oh, não é o caso – Alice se apressou em dizer, esperando que ele não começasse.
– A peça que vou recitar – ele continuou, sem notar a interrupção – foi inteiramente escrita para o seu divertimento.
Alice sentiu que, nesse caso, tinha mesmo de ouvir. Então se sentou e disse: – Obrigada – com certa tristeza.
– Quando chega o inverno, com seu alvo manto, para o seu deleite cantarei um canto... – só que eu não canto – ele acrescentou à guisa de explicação.
– Vejo que não – disse Alice.
– Se você pode ver se eu estou ou não cantando, deve ter uma vista mais aguda que a da maioria – Humpty Dumpty observou com severidade. Alice permaneceu em silêncio.
– Quando é primavera de rico verdor, o que estou pensando tentarei expor.
– Muito obrigada – disse Alice.
– Nos dias compridos do quente verão quem sabe você compreenda a canção.
Quando o outono as folhas amarelecer, corra e anote tudo o que vou lhe dizer.
– Anotarei, se puder me lembrar ate lá – disse Alice.
– Não precisa ficar fazendo tais comentários – Humpty Dumpty disse. – Não são sensatos e me desconcertam.
Mandei um recado aos peixes do mar:

“Eis o que pretendo”, mandei avisar.
Mas esses peixinhos do oceano sem fim
logo responderam, me dizendo assim.
Isto me disseram, sem como nem quê:
“É que não podemos, meu senhor, porque...”

– Receio não estar entendendo muito bem – disse Alice.
– Fica mais fácil depois – Humpty Dumpty respondeu. – Ora, novamente lhes mandei dizer:

“Saibam que é melhor não desobedecer.”

Uma vez lhes disse, e outra vez lhes disse.
Mas não houve um só que meu conselho ouvisse.
Pois meu caldeirão, que era novinho em folha,
apanhei de um golpe: não tive outra escolha.
E então alguém veio para me instruir:
“Aqueles peixinhos já foram dormir.”
Pois eu lhe falei assim, abertamente:
“Corra a despertá-los imediatamente.”
Falei alto e claro, muito decidido.
Dei um par de gritos bem no seu ouvido.
Mas era orgulhoso e altivo o sujeito.
Disse: “Não precisa gritar desse jeito.”

Humpty Dumpty elevou a voz quase ao ponto de gritar, enquanto recitava essa estrofe, e Alice estremeceu pensando: “Eu não gostaria de ser o mensageiro por nada!”
– Era muito altivo e orgulhoso de si.

Disse: “Vou correndo despertá-los, se...”
Logo um saca-rolha eu apanhei na estante:
“Vou eu mesmo e acordo-os neste exato instante.”
Mas quando me dei com a porta trancada,
empurrei, dei chute, puxão e pancada.
Quando achei a porta trancada por trás,
experimentei a maçaneta, mas...
Houve uma longa pausa.

– Isso é tudo? – perguntou Alice timidamente.
– É tudo – disse Humpty Dumpty. – Adeus.
Foi muito repentino, Alice pensou: mas, após uma forte indicação de que ela devia partir, sentiu que não seria educado ficar. Então ela se levantou e estendeu a mão.
– Adeus, até nos encontrarmos de novo! – disse com o máximo de animação que conseguiu.
– Eu não a reconheceria de novo se nos encontrássemos – Humpty Dumpty replicou num tom descontente, dando a ela um dedo para apertar. – Você é tão idêntica às outras pessoas.
– É pela cara que nos reconhecemos – disse Alice pensativa.
– Pois é disso que me queixo – disse Humpty Dumpty. – Sua cara é a mesma de todo mundo, então... – (marcando os lugares no ar com o polegar) – ... nariz no meio, boca por baixo. É sempre a mesma. Agora, se você tivesse os dois olhos ao lado do nariz... ou a boca por cima... já seria de alguma ajuda.
– Não ia parecer bem – Alice objetou. Mas Humpty Dumpty apenas fechou os olhos e disse:
– Espere até ter tentado.
Alice esperou um minuto para ver se ele falaria de novo, mas como ele não abriu mais os olhos nem lhe deu mais atenção, ela disse: – Adeus! – outra vez e, sem obter resposta, saiu andando devagar: mas não sem dizer a si mesma enquanto saía: – De todas as pessoas insatisfatórias... – (repetiu bem alto, como se fosse um grande consolo ter uma palavra tão longa para dizer) – ... de todas as pessoas insatisfatórias que eu já conheci... – Nunca terminou a frase, pois nesse momento uma forte pancada estremeceu a floresta de ponta a ponta.