Minhas excentricidades

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Rito de passagem

Escrevi faz  algum tempo e somente hoje decidi postar.

"Prestes a completar 25 anos, faço uma análise do que se passou até hoje.

Estou bem diferente do que imaginava a 10 anos atrás...
Aos 15 imaginava que estaria no emprego dos sonhos, com casa própria, carro, teria conhecido a França *sempre fui apaixonada por Paris, falaria ao menos 10 idiomas, não teria nenhuma preocupação e estaria linda, loira e rica. Bem, agora à 4 dias dos 25 anos de idade, me encontro desempregada (pedi demissão), morando com a mamãe, casada (informalmente, mas casada), com um carro financiado (não o dos meus sonhos, mas quase meu), não saí do país, leio 3 idiomas mas não sou fluente em nenhum, tenho muitas preocupações, mais cheinha, menos loira e mais pobre, rs.
Mas aos 25 sei que vivi tudo como queria, tudo bem intenso, como o meu antigo cabelo vermelho. Tenho uma vida tranquila, e continuo querendo apenas ser feliz. Dos 15 anos me sobraram poucas coisas, nem a numeração dos sapatos e das roupas, a cor do cabelo, o corte e a modelagem são os mesmos, mas eu quero acreditar que aquele jeitão de menina, moleca bem sapeca, continua o mesmo.
Ainda procuro ser feliz apesar de tudo e me esforço horrores para superar a preguiça que impera diariamente. Estou conseguindo me libertar das coisas que me fazem mal, como alguns tipos de comida, sapatos e roupas apertadas e conhecidos que nunca colaboraram em nada. Ando sendo feliz. Ainda tenho aqueles olhos curiosos que adoram me delatar, a curiosidade ainda é um dos meus grandes defeitos, ainda fico no muro com algumas questões, minha família ainda é a minha prioridade.
Dos sonhos, alguns desisti, outros não se realizarão mais, e outros ainda persisto. Consegui fazer o curso que mais desejei (licenciada em História, a única certeza que tinha aos 15), exerci a paixão pelo magistério, ainda amo animação, desisti de ser piloto de corrida, construir uma casa na árvore e ser avó aos 40. Bem, aos 25, não vou poder comemorar o primeiro aniversário do meu filho (já expliquei anteriormente) e isso é uma das coisas que mais me dói. Nunca poder saber como seria tudo, mas futuramente outro filho me dará essa alegria, mesmo tendo a certeza que, eu sempre pensarei em como seriam aqueles momentos com o meu primeiro filho.
Guardo mágoas de coisas, pessoas, situações. Acabei me transformando uma pessoa bem diferente do que eu era quando criança; mas eu sou feliz. Tenho meus momentos de tristeza, mas estou contente com o que tenho, com quem eu sou. E ue venham os 30!

Nenhum comentário:

Postar um comentário