Minhas excentricidades

domingo, 9 de maio de 2010

Ao historiador: É necessário ver além do visível

às vezes nos atentamos demais ao que nos é visível e nos esquecemos que toda obra é passivel de subetividade. à exemplo, escrevo sobre historia de gênero no século XIX, porque eu simplesmente gosto do assunto, não por ter uma importancia no cenário historiográfico nacional que me impõe ou induz a escrever sobre isso, pelo simples fato de ser um 'discurso verdadeiro'.

De fato, uma das primeiras lições do curso de História é que não existe verdade... A segunda, é que não existe verdade absoluta... A terceira, é que na verdade existem várias verdades...

Pobres coitados dos 'pais da História'... Um desejava registrar os fatos para conhecimento e instrução futura ( Tucidides, se não me falha a memória) e o outro ansiava por apresentar 'discursos verdadeiros' uma vez que ele viu ou ouviu de alguém que viu (Heródoto de Alicarnasses)...

Apesar de necessitar refazer algumas leituras, creio que não me cofundi muito, caso contrário, perdoem-me e corrijam-me.

Para exercitar nossas mentes de Historiadores e nosso senso crítico, uma música que me inquietou durante algum tempo..... Vamos à análise!!!! WoW


Mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

Quando amadas se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas, cadenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas

Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas

Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos
Os novos filhos de Atenas

Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito, nem qualidade
Têm medo apenas
Não tem sonhos, só tem presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas, morenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas

As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas, não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
As suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

Um comentário:

  1. Meiroca! o negócio é não mirar-se no exemplo das mulheres de Atenas, e sim nas de Esparta... hehehe... não confundiu não..
    Esse lance de verdade...

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