Minhas excentricidades

sábado, 1 de setembro de 2012

Da insegurança

Dormi e tive sonhos
De meus sonhos nasceram medos
Meus medos, infundados, talvez
Perversos e sinceros
Medo de despertar
Perceber que não eram simples sonhos

Tenho uma lagarta que não é minha
Vi-a enclausurada em seu casulo
Metamorfose
A vi sair perfeita em sua mutação
Vi-a voar
Fiquei

Meus pés plantados no chão
Suas asas levando-a para longe
Sentei
Chorei
Morreu um pedaço de mim

Uma Alice sem motivos
Esqueceu-se do coelho
Apaixonou-se pela Lagarta
Viu-a e cresceu
De menina, agora é mulher

Adormecida, conheceu-a
Sonhou-a, sentiu-a
Do seu jeito louco
Vivo, intenso, simples
Quer que a Lagarta seja feliz

Se for para o bem da Lagarta
Ela é livre
Mas a Alice anseia
Seu retorno agraciado
Ao seu insólito abraço

Ao despertar de insano sonho
Abrir seus olhos
Alice espera
Deparar com sua Lagarta
No aconchego de seus braços

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