Minhas excentricidades

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Lição número 09 - A simplicidade é essencial...

"O essencial é invisível aos olhos...", mas não ao coração...

Acreditei que essa frase seria perfeita para começar essa postagem de hoje... Voltando às lições, resolvi escrever sobre a simplicidade... Pode não parecer, mas busco sempre ser simples, não há característica mais agradável e admirável nas pessoas... Confesso nem sempre ser fácil... 

Me recordei de meus votos franciscanos, fiz aos 15 anos e deveria ter renovado aos 20... Confesso ter quebrado todos... Mas me marcaram... Se você não sabe quais são os votos... Eles são três (por isso o Tau franciscano tem três nós... O Tau representa na horizontal, as coisas de Deus, e na vertical, as coisas do homem... Significa que estão interligadas... O homem não vive sem um deus e deus não existe sem os homens)... São eles: Castidade (a capacidade de se manter puro até encontrar o seu companheiro de vida); a pobreza/humildade (nunca esquecer quem você é - "Vieste do pó e ao pó retornarás!" -, somos todos iguais...) e Obediência (respeitarás a tua fé e manter-se-á firme na mesma)... Dentro eles, busco seguir fielmente o da humildade (pobre sempre fui, rs)... 

Associo a humildade à simplicidade, creio um não existir sem o outro... Trabalho duramente em mim mesma, para ser simples... Até em minha fala... Busco usar palavras curtas, simples e claras, sempre... Embora nem sempre o consiga... Em mim, a simplicidade se manifesta em meus atos e no que eu sou...

Daí chegamos a questão: O que eu sou? Primeiramente, eu sou uma garota de 22 anos que não gosta de ser tida como normal, comum... Com múltiplas identidades, como não poderia deixar de ser... Sou, por vezes, uma moleca que brinca demais, ri demais, intensa demais, louca demais, vive demais e, obviamente, se machuca demais... Por vezes, uma mulher madura, decidida, segura, firme, que sabe o que quer e vai atrás, impaciente, determinada...

Vovó ensinou não somente a mim, mas a todos os netos, a simplicidade de retribuir o carinho que recebemos, a simplicidade de se apaixonar verdadeiramente, a simplicidade de amar sem limites... A simplicidade de receber a quem admiramos em nosso ambiente sagrado, nossa casa...

Vovó me ensinou a deixar as pessoas confortáveis apresentando a elas o que somos... A levá-las a comer no coração da nossa casa... A levar nossos amigos para a cozinha, nem que seja apenas para conversar... Talvez seja algo dos interioranos, dos goianos, mas, nós, os Leocádio, nos orgulhamos disso...

Falando em casa, creio que a minha possa exemplificar bem a questão da simplicidade que vovó falou... A nossa casa não sei bem como explicar... Talvez ela seja como eu, não está de todo pronta... Faltam detalhes, como pintura, forro, acabamentos... Em mim faltam detalhes... Maturidade, crescimento e simplicidade/humildade... 

Por vezes sou arrogante, chata, enjoativa... Perco a minha essência... Como já disse antes, me falta foco...

Continuemos nossa caminhada em busca de algo tão complexo e tão essencial: a simplicidade de ser exatamente o que somos...

Da sempre exótica e imperfeita... Dan...

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